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07 junho 2022

[JAM STATION] Obras japonesas que poderiam ganhar um live-action americano

[Publicado originalmente em 2016]

Obras japonesas que poderiam ganhar um live-action americano

Preparem-se que Dragon Ball Evolution foi apenas o começo. Alguns animes como Ghost in Shell, Akira e até mesmo Naruto e Beyblade já receberam propostas de adaptações americanas. Pensando nisso e seguindo a linha da lista anterior de live-actions japoneses, apresento-lhes agora as obras japonesas que eu gostaria de ver uma adaptação americana com atores reais. Todas as regras que citei na lista anterior são válidas para essa: Tenha mente aberta, a lista é polêmica, decida você mesmo se levará a sério, as adaptações podem ser longa ou série, descartei jogos e considerei apenas mangás e animes. Segue a lista:

1 - Death Note

É inegável o sucesso que Death Note possui. Começou com mangá, que por si só já foi aclamado como um dos melhores, ganhou anime, que também foi febre, ganhou longas resumindo o anime (e você aí falando mal do filme de Os Dez Mandamentos [ok, podem falar]), ganhou três live-actions (dois com a história e um derivado do L) e ainda vai ganhar mais um esse ano (com uma trama original), ganhou livros (um sobre o caso da Naomi com o L e outro uma mera adaptação do filme do L), etc. E a adaptação americana já foi confirmada a anos e pode sair num futuro não tão distante. O mangá/anime contra a história de Light Yagami, o carinha de luz que é gay ao contrário ("yagami" "imagay" "i'm a gay" [piada nível Praça]) causador de confusões desde o Orkut pelos otakus que insistem em dizer que Raito é o correto e Light é errado, sendo que Raito é a pronúncia japonesa e Light é realmente o nome do cara. Enfim. Voltemos a escrever sério. O mangá/anime conta a história de Light Yagami, um estudante que é abençoado/amaldiçoado ao encontrar um exemplar do Death Note no chão, jogado por um shinigami (deus da morte) viciado em maçã muito do louco chamado Ryuk. O Death Note é um caderno capaz de matar apenas escrevendo o nome da pessoa nela, mas pra isso o usuário precisa ter em mente o rosto dessa pessoa. Rapidamente Light vai se tornando insano, querendo se tornar Deus e utilizando o nome 'Kira' para ser reconhecido anonimamente. Para detê-lo, o estranho aficcionado por doces e detetive intitulado L declara guerra contra o maníaco com a ajuda da polícia japonesa, onde o capitão é pai de Light. Como Kira e L são mais espertos que eles mesmo, a história fica nessa briga sem fim de cão e gato, com inúmeras reviravoltas e personagens sendo inseridos em determinados momentos, como a Misa, uma loirinha bobinha, digo, bonitinha que vira peão de Kira; Matsuda, o policial atrapalhado que me comparavam antigamente; entre muitos outros. Dizer alguns parece até spoiler, então fico quieto.

E quanto a adaptação americana, ficaria bom? Sem dúvida. Death Note não só tem potencial pra muito mais do que foi montado no universo japonês como também talvez seja a obra com mais potencial pra ser adaptado, com suas devidas adaptações (desculpem-me a repetição), pra outra nacionalidade. Os live-actions japoneses são baseados no mangá mas ao mesmo tempo seguem uma história própria, trazendo mudanças imensas no rumo dos acontecimentos. No Japão os filmes foram sucesso e até hoje são considerados uns dos melhores live-actions já feitos por lá. No Brasil infelizmente há mais briguinha de otaku reclamando que os filmes são diferentes do anime e por isso são ruins. Desde quando ser diferente é sinônimo de algo ruim? Só pra saber, os próprios criadores do mangá elogiaram o filme. E falo mesmo: O final do filme é melhor que o do anime, chegando mais perto ao do mangá, que é tão incrível que ainda fica vagando pela minha mente. Ano passado foi lançado o dorama, adaptando mais fielmente o mangá/anime mas também trazendo suas diferenças fortes. Mesmo com as diferenças, tinha diversos momentos que estavam bastante fieis aos acontecimentos originais. No dorama Light é um estudante fã de uma girlgroup da qual Misa faz parte. Ele começa bem inocente, assim como o dorama começa morno, mas aos poucos seu lado psicopata vai surgindo. Na metade do dorama, que é quando a história começa a tomar rumo próprio por causa das diferenças e a se tornar mais interessante, Light já está com uma cara demoníaca de dar medo. Não é a toa que o ator foi escolhido numa famosa premiação japonesa o melhor do ano para uma produção de tv. Com o sucesso do dorama, ao fim do último episódio, que também é sensacional, anunciaram um filme que se passa depois dos filmes anteriores (sem ligação com o dorama), agora com uma nova geração e uma história viajada. Estados Unidos que se cuide, Japão tá voltando com tudo com Death Note e Godzilla (que também vai receber um novo filme japonês esse ano).

2 - Saikano

Escolhido um dos animes com um dos finais mais tristes de todos os tempos, Saikano conta a história de Chise, uma estudante que vira cobaia do governo e tem seu corpo transformado numa ciborgue para enfrentar as ameaças vindas dos céus. O problema é que isso começa a tomar conta de seu corpo cada vez mais e também a atrapalhar seu relacionamentos com Shuuji, outro estudante. Tentando vencer as barreiras desse amor que tem tudo para ser impedido, os dois tentam aproveitar ao máximo seus momentos juntos antes que Chise seja forçada a lutar novamente (é como se ela perdesse o controle sobre o corpo). Com uma trilha cativante, o anime de drama, romance e guerra conquista mais pela história que outros elementos. O anime é baseado num mangá, que é bem mais detalhado mas também é repleto de cenas de você sabe o que, e sabemos que no Japão essas coisas são permitidas em mangás, mesmo que os personagens sejam adolescentes. Mas fiquem tranquilos, o máximo de nudez no anime são nos ovas, mas nada de vucofap.

E o filme? Existe um live-action japonês do anime, que mantém a essência mas traz algumas situações diferentes, se focando mais na guerra que no romance e com um final diferente, mas não ruim (apenas apagado pelo final do anime). Um live-action americano teria chances de ficar bom caso seguissem o exemplo de se focar mais na guerra que no romance e também seguir o final do anime.

3 - Liar Game

O Jogo da Mentira que me deixou doido assistindo um episódio atrás do outro como um vício que eu não queria que terminasse. Liar Game é mais famoso pelo seu dorama, mas existe também um mangá imenso. Como nunca li o mangá, falarei do dorama. A trama tem como protagonista Nao Kanzaki, uma garota tonta que acredita em tudo. Um dia ela recebe uma caixa com dinheiro e acaba entrando num jogo macabro onde um cara mascarado tão assustador quanto o dos Jogos Mortais aparece numa tela explicando as regras. Ferrada logo na primeira fase, e desesperada e ignorada pelo policial local, ela pede ajuda a Shinichi Akiyama, um cara de passado misterioso que acabou de sair da prisão. Juntos, eles adentram esse universo sombrio do Liar Game, uma organização que impõe ordem e cobra dívidas de qualquer forma possível. A primeira prova é a mais simples e não mostra o potencial que Ligar Game possui, mas dá noção de como as coisas funcionam. Logo na segunda prova as coisas ficam absurdas, quando os vencedores da primeira prova se unem dentro de uma sala. O dorama teve duas temporadas, dois filmes (um só pra fase final e outro uma tentativa de recomeço) e um monte de especiais que aposto que muitos sequer ouviram falar. Um remake coreano foi feito anos depois, trazendo a mesma história num contexto totalmente diferente, agora com o Liar Game sendo um programa de tv com um apresentador no palco e uma história conspiratória. O resultado foi incrível, vale muito a pena conferir.

E uma adaptação estadounidense? Pois é, essa foi uma incógnita que fiquei refletindo e cheguei a conclusão de que não sei ao certo o que esperar caso acontecesse. O remake coreano deu uma clareza ao cérebro: E se adaptassem de outra forma? Não precisa necessariamente ser fiel a obra original, o remake fez mudanças radicais e ficou tão bom quanto. O segredo é manter a essência dos jogos.

4 - Battle Royale

Provavelmente muitos fãs da cultura oriental conhecem Battle Royale ou pelos mangás ou pelo sanguinolento filme. Mas o que alguns não sabem é que Battle Royale é um tijolo denominado livro com não sei quantas páginas escrito por um jornalista vencedor de um concurso de histórias. Violento ao extremo, a história se passa num Japão de futuro não tão distante onde o governo aprova a lei ATO BR, onde simplesmente escolhem estudantes para se matar. Tem toda uma questão política envolvida por trás disso, claro, o que torna tudo mais interessante. Acompanhamos estudantes que são largados numa ilha e tem determinado tempo para matarem uns aos outros até sobrar um, caso contrário todos morrem. É que nem jogar Resta Um só que com pessoas. O livro ainda conta com flashbacks de alguns personagens e longos, imensos, gigantescos diálogos entre eles, sem contar todo o massacre que ocorre durante as lutas. Sério, é muita morte pra um livro só, muito sangue pra uma pessoa só, muita violência pra um ato só. Chega a ser doentio em alguns momentos. Muito bom. Realmente muito bom. E não sou doentio, o livro é que é. O início é monótono mas depois que as crianças são jogadas na ilha não dá pra parar de ler. O filme de Battle Royale ganhou uma continuação mal recebida, assim como o mangá ganhou uma continuação que não vingou, mas as obras são diferentes entre si, cada uma segue sua "originalidade".

E o filme americano? Ocidentalmente, o diretor Quentin Tarantino, o mesmo que fez Kill Bill, chegou a considerar o filme como o melhor que ele tinha visto. Exageros a parte, realmente é um filme incrível. Isso ajudou a obra a ficar mais famosa por aqui. A fama aumentou após o lançamento de Jogos Vorazes, que causou polêmica por causa das semelhanças entre as histórias. Como se pessoas se matando numa ilha fosse original de Battle Royale... Se bem que tem umas semelhanças fortes mesmo, principalmente envolvendo o governo e parte do final, mas isso são detalhes, já que cada um possui seu foco. Battle Royale é mais fechado, é aquilo e pronto. Jogos Vorazes tem toda a questão fora das arenas, etc, englobando tudo. Não estranhe caso um dia você mostre Battle Royale pra algum amigo fã de Jogos Vorazes e essa pessoa venha com a pergunta bizonhenta: "Que isso? Jogos Vorazes japonês?" ou "É tipo Jogos Vorazes?". Não! Não! Não! Tá, é tipo, mas não é, entende? Agora chamar de JV japa é heresia, BR veio muito antes. De qualquer forma, uma adaptação americana estava planejada para acontecer, mas acabou sumindo e até hoje não se tem mais notícias. Já lançaram no Japão até mangá complemento, mas nada do filme americano sair. E sim, tem potencial, se bem que pros americanos seria mais um filme de massacre e pronto. Mas quem não curte ver o circo pegando fogo, né?

5 - Megaman NT Warrior ou algo parecido mas com Megaman

Pera, gente, eu não fiquei doido. Esses dias eu tava pensando em como seria um filme do Megaman. Existe um fã-filme que ficou famosinho alguns anos atrás (no futuro que não dá pra ser... ainda), mas não foi grande coisa. A história do desenho fala sobre Hikari Netto (ou Lan Hikari no ocidente) e sua luta contra Dr Wily e sua organização maligna WWW. Para isso, ele conta com a ajuda de Megaman (ou Rockman, no oriente), um net navi (navegador de rede, nada a ver com um tamagochi) e de seus outros amigos. E qual a melhor maneira de enfrentá-lo? Mas é claro: Entrar num torneio de net navis. Ah, esse desenho era demais.

Tá, mas e o filme? Para essa adaptação americana vale lembrar que não me referi aos jogos, e sim ao desenho NT Warrior, sucesso com a garotada. Ou algo semelhante também, não necessariamente uma adaptação do desenho. Pensei muito em algo estilo Tron, com todos aqueles efeitos atraentes e um universo meio videogame. Nas mãos certas daria uma boa adaptação. Seria legal ver as batalhas, pelo menos visualmente falando.

6 - Gantz

É sério, não to doido. Tá bom, aqui eu to doido sim. Gantz tem mangá, anime, filme e a trama é bem simples: Uns caras morrem, vão parar num quarto com uma bola preta. Eles não conseguem sair de lá. Quando é chegada a hora, a bola preta oferece uniforme e arma pra eles. Eles então são transportados pras ruas pra enfrentar aliens, mas ninguém os veem. É como se eles fossem parar num plano de realidade em cima da que vivem. Detalhe: Tudo o que é destruído durante as lutas acaba sendo destruído de verdade. Não li o mangá ainda, mas sei que tem muita sacanagem. O anime também tem suas sacanagens (bem mais leves que o mangá, mas tem), mas me perdoem: Achei tão chato que cheguei a pular partes. O que se salva são apenas as incríveis cenas de ação. De resto a história é horrível, o protagonista fica querendo transar com a garota o tempo todo, e ainda se focam nisso. Já os filmes live-action não tenho do que reclamar. São surreais, tão bons que por causa deles eu nem colocaria Gantz nessa lista, de tão incríveis que são. Deixam toda a perda de tempo de lado, reforçam a história humana e abusam da ação e da violência.

Um filme americano ficaria bom? Sim, ficaria, e muito. Desnecessário provavelmente seria, mas isso não significa que seria ruim. Se seguissem a ideia dos filmes japoneses e se focassem na ação, daria um grandioso filme de... ação. Algumas mudanças pra não ficar mais do mesmo seriam bem vindas. Ah, mas nada de fazer que nem Oldboy, que transformaram num filme genérico hollywoodiano de ação, embora eu estranhamente tenha curtido mesmo sendo bem inferior (bem mesmo) e menos impactante que o original.

7 - Medabots

Medabots, outra felicidade da garotada. Não dá pra fugir, Medabots surpreendia com sua boa história e cenas de luta entre robôs, além da interatividade robô-humano. A trama tem como personagem principal Ikki Tenryou, um garoto que quer se tornar o campeão do Torneio Mundial de Ciberlutas com seu robô Metabee, um robô ultrapassado do tipo besouro. Tem umas paradas de medalhas também, que se coloca no robô pra deixá-lo mais forte.

E quanto ao filme? Ao escolher o anime para a lista, tive em mente algo semelhante a Gigantes de Aço, filmão de luta de robôs estilo boxe. Não há muito o que falar e o que há já disse em outros tópicos: Em mãos certas haveria chances de dar muito certo.

8 - Prophecy

A história de um homem com a cara coberta de jornal anunciando suas vítimas. Um justiceiro que quer matar aqueles que fazem o mal. A polícia tenta prendê-lo, mas nunca consegue, mesmo com ele anunciando tudo, até o local em que irá cometer o assassinato. Com a fama ele encontra aliados... O mangá de 3 volumes é frenético e prende a atenção.

Um filme daria certo? Descobri recentemente que existe um live-action japonês e fiquei curioso pra conferir. Mas voltando a ideia americana, esse é uma daquelas histórias que daria certo nessa transferência, já que os elementos são básicos de uma história policial.

E mais uma vez, depois de mais uma lista estranha, encerro a matéria de forma simples. Espero que tenham gostado ou se revoltado e até alguma próxima matéria. Deixem nos comentários que animes e mangás japoneses dariam boas adaptações americanas. Só não me venham com "nenhuma" porque isso é mentira. Sejam amor, não sejam chatos.

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.