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07 junho 2022

[JAM STATION] [CRÍTICA] Caminho da Morte

 [Publicado originalmente em 2017] [Crítica promocional]

Caminho da Morte

A princípio, Caminho da Morte (Bus Driver) pode parecer mais um filme qualquer, mas para os olhos mais atentos, ele consegue trazer certos diferenciais. Com apenas 75 minutos de duração, o suficiente para contar sua história sem ficar enrolando, o longa dirigido e roteirizado por Brian Herzlinger acompanha uma ação inusitada: um passeio escolar que vai parar nas terras de traficantes de droga.

A trama tem como protagonista Joe Smythe (Steve Daron), um motorista de ônibus que, junto com o professor Gooch (Steven Chase), recebe a função de levar cinco alunos problemáticos para um passeio onde irão aprender a trabalhar em equipe. No meio do caminho quase ocorre um acidente e eles acabam presos na estrada. Decididos a pedir ajuda, adentram um local privado, até serem surpreendidos por  Dylan (Holly Elissa) e Jace (Michael Bailey Smith). O motorista de ônibus a todo momento desconfia de algo, mas é tarde demais. Rapidamente a farsa é descoberta: Aquelas pessoas são traficantes de drogas. A partir daí começa a luta pela sobrevivência.

Exagerado e trash, o filme tem noção do que é, diferente de muitas obras do tipo. E mesmo se levando a sério, consegue aproveitar suas características para divertir. O resultado são cenas de ação, com perseguições e tiros, mas também humor. Um exemplo disso é o professor, que banca de inocente e durão, mas fica xavecando a mulher e reclamando das situações que acontecem ao longo da trama. Outro é o estudante que protege um ovo. Enquanto tudo está acontecendo, tiroteio, etc, ele sempre está lá protegendo seu ovo, não largando por nada, rendendo até piadas altamente toscas sobre "meu ovo".

Outro ponto importante a ser destacado é quantidade de referências verbais. Desde os primeiros diálogos, onde o professor nomeia cada aluno com um nome dos personagens da ficção, somos atacados por referências a cultura pop, seja em filmes, seja em quadrinhos. Não estranhe se você ouvir Mary Jane Watson, Rambo, Clube dos Cinco ou Breaking Bad. Realmente falam isso.

Finalizando essa questão de diferencial, eis que a trama desenvolve espécies de flashbacks, viagens no tempo. Em determinados momentos, e de forma bem moderada para não cansar, quando algo acontece repentinamente, o filme faz questão de voltar atrás e mostrar o que aconteceu. São momentos rápidos, duram na maioria das vezes questões de segundos. Isso funciona de duas formas: Uma é quando ocorre algo no mesmo ambiente, onde o filme volta e mostra por outro ângulo com outro personagem, responsável pela mudança, o que ele fez. Outra forma é quando o filme oculta uma cena para causar surpresa, tapando o falso furo de roteiro criado.

Então Caminho da Morte se sobressai quando comparado a obras genéricas de ação? É aqui que entra a questão. Ele segue o clima e o estilo das produções do meio, mas cria um ambiente envolvente, com uma ação simples e uma mistura de gênero (no caso, a comédia). Para quem procura algo mais tranquilo ou diferenciado, Caminho da Morte é uma escolha interessante.

Lembrando que o longa chega em dvd pela FlashStar dia 24 de maio. Aproveite.

Sinopse oficial: "Um ônibus escolar tem seu pneu furado, fazendo com que o motorista procure ajuda em um rancho mais próximo. Ele, cinco alunos problemáticos, e uma extravagante professora ginasial encontram em vez disso, um grupo de criminosos e traficantes de drogas que não podem ser descobertos. Os alunos e professores são presas fáceis para esses criminosos, mas, para quem estava no caminho da morte certa, há uma força mais determinada e mais hábil do que qualquer um deles jamais esperava: o motorista do ônibus."

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.