Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

18 julho 2018

[RASCUNHO GEEKABLE] [CRÍTICA] Hardcory Henry

[Essa foi a primeira crítica que fiz para o Geekable, escrita no processo de avaliação. Como nunca chegou a ser postada por lá, decidi postar por aqui.]

Hardcore Henry – O filme de ação que mais parece uma gameplay

     Já imaginou assistir a uma gameplay como se fosse um filme? É o que acontece com Hardcore Henry. Enquanto adaptações cinematográficas de jogos continuam sendo um assunto polêmico, na internet os gameplays tomam horas da vida de alguns gamers. Assistir alguém jogar acaba se tornando prazeroso para os amantes dos jogos. Hardcore Henry realmente parece uma gameplay de um jogo de tiro em primeira pessoa (FPS).

     Adiado constantemente no Brasil, mesmo já tendo título nacional (Hardcore: Missão Extrema), o filme foi sucesso no Festival de Toronto de 2015 e trouxe uma nova perspectiva cinematográfica: Um filme totalmente em primeira pessoa. Não podemos confundir, porém, com o found footage (A Bruxa de Blair, Cloverfield, REC), apesar das semelhanças. Aqui literalmente acompanhamos o filme pelo ponto de vista do protagonista, e não por uma câmera que ele carrega na mão. Os olhos são a câmera!

     A trama muito se assemelha a típicos filmes de ação e lembra também jogos antigos de beat ‘em up (Double Dragon, Final Fight), além de jogos de tiro atuais (Call of Duty). No filme acompanhamos Henry, recém voltado dos mortos, agora como um robô e sem se lembrar de nada anteriormente. Tudo o que ele sabe é que sua esposa Estelle, interpretada pela belíssima Haley Bennett (Letra e Música, O Protetor) o trouxe de volta a vida. Pouco depois, o local onde Henry está é atacado pelo vilão do filme, Akan, interpretado por Danila Kozlovsky (Academia de Vampiros). Ele tem poderes sobrenaturais e acaba raptando Estelle. Confuso e sem entender o que está acontecendo, Henry parte em busca de sua amada, encontrando diversos amigos pelo caminho.

     A premissa simples é desenvolvida em meio a frenéticas cenas, onde não há tempo para descanso, com muita ação, tiros, explosões, parkour, referências e tudo o que tem direito em filmes do tipo, incluindo um pouco de nudez e muita, muita, muita violência. Adrenalina do início ao fim com novos personagens surgindo a cada momento e uma dúvida cruel ecoando na mente: Quem é Henry e como tanta gente sabe dele?

     Filmadas com câmeras GoPro formando uma espécie de capacete, o filme foi a estreia de Ilya Naishuller na direção de um longa, que também escreveu o roteiro e foi um dos produtores. Talvez você não saiba quem é esse cara, mas ele foi o responsável pelo vídeo viral Bad Motherf*cker, que mostrava uma grande cena de ação em primeira pessoa ao som de rock. Na verdade esse vídeo era o clipe de sua banda, Biting Elbows, onde ele é vocalista e guitarrista. Foi desse clipe que veio a ideia para o longa, que posteriormente foi recebendo ajuda para ser realizado.

     Mesmo que não seja considerado uma preciosidade do cinema, Hardcore Henry inovou no conceito de experiência visual e dividiu opiniões dos críticos e público quanto ao seu resultado. Por mais que tenha certos problemas, como a falta de aproveitamento de alguns personagens devido ao excesso aos quais eles aparecem, o longa deve ser apreciado como diversão, algo que faz com maestria, e conferido nem que seja por curiosidade. Para os fãs de filmes de ação, os amantes de jogos e/ou os aventureiros de found footage que buscam algo diferente num molde semelhante, pode ser uma interessante descoberta.

[RASCUNHO GEEKABLE] Notícia do relançamento do mangá Uzumaki

[Não costumo divulgar minhas matérias de notícias aqui no blog, mas, como essa matéria não foi publicada por lá e é algo datado, decidi postar por aqui mesmo]


Maldição das espirais retorna ao Brasil em volume único.

A famosa obra do mestre do horror japonês Junji Ito está retornando ao Brasil. Considerado um dos melhores romances gráficos para adolescentes, Uzumaki conquistou crítica e público. A trama envolve uma maldição de espirais.

Publicado no Brasil inicialmente pela editora Conrad em 2006, agora em 2018 é a vez da editora Devir republicar, dessa vez reunindo todas as edições em um volume único através do selo Tsuru. Apesar da editora ter anunciado a novidade no fim do ano passado após o vazamento do registro do mangá no ISBN (sistema de identificação internacional de livros), nenhuma informação havia saído até agora, deixando os fãs esperançosos de quando o mangá seria publicado.

De acordo com a sinopse oficial postada pela Biblioteca Brasileira de mangás,

Kirie Goshima e Shuichi Saito vivem na pequena cidade de Kurôzu-cho, que se vê repentinamente assolada por uma estranha maldição: os seus habitantes tornam-se obcecados por objetos com a forma de espirais (conchas de caracol, remoinhos e padrões) e acabam por morrer misteriosamente. Kirie and Shuichi elaboram um plano para escapar da cidade, mas os seus esforços não têm sucesso e no regresso acabam por descobrir qual é afinal o centro da espiral.

A edição da Devir para Uzumaki terá 656 páginas, formato 17x24cm, com capa brochura e sobrecapa. O preço estimado é de R$94,00. O lançamento deve ocorrer na primeira metade de julho.

O mangá, também conhecido como "A Espiral do Horror",  foi lançado originalmente em 1998. Em 2000, ganhou uma adaptação para o cinema e para os videogames. Em 2003, um segundo jogo foi lançado. Nesse mesmo ano também o mangá chegou a ser nominado para o Eisner (o "Oscar" da literatura em quadrinhos).

Em entrevista para a 78 Magazine, em 2006, Junji Ito revelou o motivo da escolha das espirais:

O "padrão espiral" não é normalmente associado à ficção de terror. Normalmente, os padrões em espiral marcam as bochechas do personagem em desenhos animados japoneses, representando um efeito de calor. No entanto, eu pensei que poderia ser usado com horror se eu desenhasse de uma maneira diferente. Espirais são um dos padrões japoneses populares de há muito tempo, mas não sei o que o símbolo representa. Eu acho que as espirais podem ser simbólicas do infinito. As diferentes fases da espiral (em "Uzumaki") foram definitivamente inspiradas nos misteriosos romances de HP Lovecraft. Seu expressionismo em relação à atmosfera inspira grandemente meu impulso criativo.

Sobre Mim

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.