Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

23 maio 2016

[ATUALIZADO] Guia de leitura para quatro títulos do Batman nos Novos 52



Quando decidi acompanhar o Batman nos Novos 52, fiquei confuso assim como muitos ficaram quando pegaram a história já na metade e viram o absurdo de títulos que existiam nesse universo. Desanimado e quase desistindo, decidi persistir. Valeu a pena. As histórias são ótimas. Para não me perder, acabei fazendo uma ordem de leitura.

Os títulos escolhidos foram, em ordem, Batman, Detective Comics e Cavaleiro das Trevas. Também tem Eterno, mas não influencia na história geral. A ordem de leitura das edições foi simplesmente seguir o mês de lançamento, o que não é tão simples quanto parece.

Como meu interesse e objetivo era no personagem Batman e sua galeria de vilões, acompanhei 'apenas' os títulos citados (que já é bastante coisa pra ler). Só com Batman e Detective Comics já dá pra entender a história, mas Cavaleiro das Trevas serve como complemento. Cada título segue histórias diferentes, mas todas acontecem no mesmo universo. É como se contassem vários momentos ao mesmo tempo em vez de seguir tudo cronologicamente.

Uma coisa ou outra fica solta por envolver personagens de outras hqs, mas isso não tem jeito, já que é um universo compartilhado. Provavelmente, quem quiser saber de tudo o que acontece na bat-família, terá que ler todos os quase 20 títulos do universo Batman. Boa sorte. Por recomendações, há quem diga que eu deveria ter inserido Batman & Robin também, mas nunca fui grande fã dos Robins.

Todos os títulos começam juntos (edições 1) e vão até o fim assim, com exceção de duas edições mensais e das anuais.

Segue a ordem dos títulos Batman, Detective Comics e Cavaleiro das Trevas: 1-9 + Batman Anual 1 + 10-12 + Detective Comics Anual 1 + 0 + 13-22 + Batman Anual 2 + Detective Comics Anual 2 + 23 + 23.1-23.4 + 24-33 + Detective Comics Anual 3 + 34 + Fim dos Futuros + 35-37 + Batman Anual 3 + 38-44* + Batman Anual 4 + 45-52.

*NOTA: Na edição 40 e nas edições do 42 ao 52 primeiro lê-se Detective Comics e depois Batman.

O Eterno saiu quase que semanalmente e equivaleu ao período de lançamento de Batman 30 a Batman 40: 30=1-4 / 31=5-8 / 32=9-12 / 33=13-17 / 34=18-21 / FF=22-25 / 35=26-30 / 36=31-34 / 37=35-39 / 38=40-43 / 39=44-47 / X**=48-51 / 40=52.

**NOTA: Batman ficou um mês sem edição, por isso o X. /// FF = Fim dos Futuros

[ATUALIZAÇÃO: AGOSTO/2016] Correções e acréscimos.
[ATUALIZAÇÃO: ABRIL/2018] Em relação a Eterno.

22 maio 2016

[RASCUNHO] Assassination Classroom (Ansatsu Kyoushitsu) (mangá)

~Publicado originalmente em redes sociais~


Assassination Classroom (Ansatsu Kyoushitsu)

Com um humor duvidoso, Assassination Classroom foi muito além de alunos tentando matar seu professor. Foi uma história de vida, aprendizagem e superação. Uma lição de como ser uma boa pessoa. Um modelo de como um professor deve ser em relação aos seus alunos, modelo esse que está em falta nos dias de hoje. Lembro quando comecei a ler esse mangá, ainda em sua época de estreia, quando nem tinha site traduzindo frequentemente os capítulos. Depois de um bom tempo sem ler, descobri que já estavam traduzindo, assim como a confirmação do lançamento no Brasil. Voltei a ler esse ano disposto a ir até o fim. Coincidentemente, o mangá foi encerrado esse ano também. Que história! Vai deixar saudades. A premissa viajada foi o que mais chamou a atenção. Um polvo supostamente destruiu a Lua e disse que iria destruir a Terra em um ano. Para tentarem impedi-lo, uma classe rebaixada de uma escola conceituada começou a ser treinada para matá-lo, sendo ele mesmo o professor. Com esse objetivo, a história acompanhou e desenvolveu a relação professor-aluno e se utilizou do cotidiano para seu foco: Mostrar os alunos sobrevivendo as dificuldades do dia a dia (pressão, humilhação, coisas do tipo), enquanto pensavam em seus futuros e treinavam para se tornarem não só assassinos, mas pessoas de caráter. Dá pra estranhar a trama, que rende momentos bizarros e hilários, com crianças sorrindo enquanto tentam matar seu professor ao mesmo tempo que estudam, mas acredite: Ela é ótima. Mesmo com tanto humor, ainda temos o lado dramático quando é necessário. O mangá acaba sendo uma mistura de gêneros, com arcos que podem ser bem diferentes um dos outros, mas nada que não fuja do padrão japonês. Composto de um envolvimento especial com o leitor, pode-se até ignorar os defeitos que a história possui, como alguns arcos que não acrescentam nada de significante na trama, soando como momentos de service com clichês básicos japoneses que eu particularmente não curto. Felizmente, o mangá salva a si mesmo desses momentos de mesmice graças a própria trama, que é mostrar os alunos criando meios de assassinar seu professor, então nada é realmente em vão. Quanto mais me aproximava do final, mais a curiosidade aumentava. Reviravoltas inesperadas aconteciam para que tudo não se tornasse repetitivo. Introdução de novos personagens, retorno de antigos, mudanças drásticas nas relações dos personagens, coisas básicas para uma história prosseguir. Além, claro, de reviravoltas marcantes. Assassination Classroom foi um ótimo mangá de acompanhar, e olha que raramente acompanho algum. A ideia de usar técnicas utilizadas para o mal em coisas boas foi uma sacada ótima, mostrando que, quando a arma está em nossas mãos, nós temos o poder de salvar ou destruir. As críticas sociais presentes na história foram bem feitas e deixaram claro seus reais motivos. No fim, a história foi uma grande lição de como ser um professor de verdade e o quanto ele tem a ensinar sobre a vida para seus alunos.

07 maio 2016

[RASCUNHO] Os Dez Mandamentos - O Filme (2016)

~Publicado originalmente em redes sociais~

Os Dez Mandamentos - O Filme (2016)

Eu disse que ia conferir, não disse? Pois então. Vi o filme e alguma intervenção queria fazer eu parar de ver, porque o filme travou duas vezes e congelou a tv. Mesmo assim continuei e vi todo o longa. A primeira coisa que me veio em mente ao terminar foi: "Porque, Record?". Em parte é ruim, em parte é bom, e explicarei melhor a seguir.

Todo mundo já sabe que o filme na verdade é um resumo de umas 200 horas de novela em duas horas de longa, correto? Não, mas a maioria deve saber (espero). Então deve-se esperar uma novela, e não um filme, certo? Não, porque eu quero ver filme, não novela. Mas se é uma novela disfarçada de filme e eu vi porque quis, não posso ficar reclamando disso, posso? Poder até posso, mas tentarei ser bonzinho.

Cheguei a ver algumas matérias na Record na época que anunciaram o filme, sobre a conversão cinematográfica, a melhora de qualidade, etc. Nada disso funciona, porque o filme continua parecendo novela. Fica na cara que o filme é um resumo, e nem precisa entender de cinema pra isso e talvez nem saber que existe novela. As passagens de cenas deixam claras. Enquanto em umas são bem feitas, outras simplesmente começam do nada e mostram conteúdo que qualquer um que não conheça toda a história de Moisés fique confuso. Felizmente o filme tem bons momentos e não fica o tempo todo jogando informações no público e largando depois. Não o tempo todo.

Lembro dos comentários sobre quão magnífico havia ficado os efeitos. Pra uma novela brasileira ficou ótimo, pra uma série normal ficou como deveria ficar, mas pra cinema ficou ultrapassado demais. Vale ressaltar que há filmes com qualidade muito pior, mas o caso aqui é especial por se tratar de cinema, mesmo sendo um resumo de novela.

Falando em resumo, não achei tão corrido quanto falavam. Lendo algumas críticas então entendi que muitos acharam a primeira metade muito corrida e só depois o filme começou a andar mais devagar. Realmente, passado o início, o filme sai tacando acontecimentos variados pra só depois parar e seguir mais tranquilamente, mas sem parar.

A história de Moisés já foi contada várias vezes e aqui não é diferente. Apenas recontaram a história mudando algumas coisas, considerando como licença poética. Teve gente que gostou, mas também gente que se revoltou e considerou heresia. Não lembro tudo o que tá na história bíblica, mas estranhei muito alguns momentos. Pela obra que originou o filme se tratar de uma novela, dá pra entender os acréscimos e as interpretações. O que realmente achei desnecessário foi Josué relembrar a história de Moisés. Soube que as tais cenas adicionais e final inédito não são novidade nenhuma, primeiro porque não acrescentam em nada na trama e segundo porque a novela ainda contará mais coisas, enquanto no filme encerram de vez a história de Moisés, sobrando assim a de Josué para contar.

Sobre a parte visual, não dá pra comentar muito, já que é uma produção de tv, mas dá pra deixar passar. Sobre as atuações, tem umas sofríveis e outras ok. Uns fazem seu papel, outros soam caricatos demais. Peço desculpas aos que eu ri kk sobre a trilha, sem reclamações, só elogios na verdade.

Agora uma coisa que me incomodou mais que as passagens repentinas e a falta de desenvolvimento em alguns momentos foram o modo de dialogar. Simplesmente saíram falando normalmente, com sotaques e entonações que não lembra aquele povo. Fiquei esperando alguém soltar uma gíria. Sério.

Outro incômodo foi a narração. Em alguns momentos até ajudou a explicar as coisas nas passagens de tempo, mas na maior parte apenas disse o óbvio, como se o público não já tivesse vendo que aquilo que o narrador disse já havia acontecido ou estava acontecendo.

Os Dez Mandamentos passa bem longe de ser uma perfeição e também não chega nem perto de versões anteriores como a dos anos 50, considerada a "definitiva", mas não é um lixo completo como muitos andam dizendo. Como cinema falha miseravelmente, mas como filme-resumo até que está bem feito. Já vi coisas muito piores que isso, muito mesmo. Então é aceitar que é um filme-resumo de novela e ver com essa mente pra então aproveitar o longa.

Pior de tudo mesmo é a exploração exagerada que estão fazendo com essa novela: Livros, peça teatral, bijuterias, esmaltes... Sim, podem pesquisar que é tudo real. Só o que é boato é sobre o desenho animado, até então nada confirmado. E preparem-se para mais, porque a segunda temporada da novela tá aí e não duvido que tudo se repetirá.

04 maio 2016

[RASCUNHO] Produce 101 (programa musical)

~Publicado originalmente em redes sociais~


Grande surpresa esse programa. Gostei muito do formato. Geralmente o padrão dos programas musicais é aquele de ir eliminando metade por metade, mas já sabia que Produce 101 fugia desse formato. Apesar de já ter visto apresentações de vários outros programas (coreanos), esse foi o primeiro que acompanhei todos os episódios (mesmo com longa duração, foram apenas 11 episódios). 101 trainees (todas garotas) de 50 empresas diferentes disputando 11 vagas para formar um grupo de kpop durante 1 ano.

Sério, quero mais disso. E vou listar os motivos que fizeram esse programa ótimo

- Treinamento antes de eliminação Depois das classificações e reclassificações iniciais, as trainees foram treinadas para se apresentarem. Ou seja Mesmo indo mal na apresentação inicial, a trainee era posteriormente treinada para assim se apresentar novamente.

- Público como jurado Tenho minhas ressalvas quanto a isso, mas o povo é quem decidia quem continuava ou não. Por um lado isso trouxe uma interatividade maior ao programa, mas por outro fiquei com medo de votarem apenas nas populares. Felizmente as surpresas foram boas.

- Avaliação em quesitos Para entender melhor o programa deve ter certo conhecimento do mercado musical e do kpop, especialmente em como são formados grilgroups. Então, naquela busca por perfeição, diversos pontos são avaliados. Os dois principais são saber cantar e dançar. Não adianta saber cantar mas não saber dançar. E os avaliadores pegavam pesado mesmo. A pessoa pode ser a mais gente boa de todas, mas se errar, leva bronca e o clima fica sério. Claro que teve elogios, mas nos momentos adequados.

- Avaliadores Os avaliadores foram pessoas famosas do ramo que entendem do assunto, como a Kahi (ex-After School), Cheetah e JeA (BEG).O apresentador foi o Jang Keun Suk, o Príncipe da Ásia, que chegou a avaliar no início também. Cada um é experiente numa área diferente, o que equilibrou na hora de avaliar.

- Participantes em desenvolvimento e experientes Apesar de diversas trainees que nunca saíram das agências, no meio haviam algumas relativamente famosas, inclusive trainee que saiu de grupo, que o grupo acabou, que saiu no pré-debut, que participou de outro programa musical, etc. De início pareceu que elas receberiam toda a atenção e prejudicaria a participação das outras, mas talentos escondidos começaram a aparecer ao longo do programa e ganharam seus espaços.

- Produtores musicais e músicas originais Ao longo do programa, começaram a aparecer produtores e artistas musicais famosos no kpop que produziam músicas. Ou seja, o programa não ficou preso apenas a covers. Com o tempo vieram músicas totalmente originais.

- Treinamentos e aproximação com o público Na maior parte do tempo os episódios se dedicaram a mostrar os ensaios das trainees e suas dificuldades e sucessos, além de pequenas entrevistas contando suas histórias (caso se encaixasse no momento). Isso fortaleceu demais o vínculo com o público. Não tinha como não amar as participantes. Adicionado a votação pública, como já citei antes, a aproximação ficou maior ainda.

- Apresentações Todas as apresentações feitas para o público foram em grupos, ou seja, não bastava apenas a integrante ser boa, ela tinha que ter harmonia com as outras integrantes e todo o grupo precisava demonstrar seu potencial. O prêmio acabava sendo pontos bônus para as classificações. As apresentações também eram bem produzidas, com visual próprio pra cada grupo. Nos covers até aconteceu de 'renovarem' as músicas com novos passos de dança e afins.

Apesar de tantos pontos positivos, de negativo cito a enrolação desnecessária do programa. Muito legal (e, de certa forma, interessante) acompanhar o processo de formação dos grupos, como era escolhido quem seria quem, mas as vezes demoravam demais nisso. Mas o pior mesmo eram nas eliminatórias. Suspense além do limite. E, caso não fosse o bastante, ainda enchiam com cenas variadas das integrantes e pequenos tops feitos entre elas, como as mais lindas e tal. Não que fosse ruim, mas a partir do momento que usam com finalidade de enrolar, a qualidade cai um pouco.

Mesmo com esses pequenos problemas, a maior parte de Produce 101 merece ser aplaudida. Um projeto ambicioso que uniu diversas empresas e garotas com o sonho de debutarem no kpop.

Sobre Mim

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.