Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

10 fevereiro 2019

Compilado de comentários sobre os quadrinhos envolvendo Thanos

Postei esses coments em redes sociais e decidi postar por aqui.

- Thanos Rising (2013): Ótima saga sobre a origem de Thanos. Quem lê hq o vê ele como o Titã Louco, mas esquece que ele teve um passado, que já foi criança e tal. A história trata justamente disso, de como ele cresceu e se tornou insano. A trama é muito boa. Mesmo sem perceber, Thanos tem um humor negro ótimo, diga-se de passagem (ou eu que to rindo da coisa errada [he]).

- A Saga de Thanos (1973): Os primeiros confrontos contra o Thanos. A saga com quase mil páginas na verdade é chamado assim apenas por aqui, visto que nos EUA as histórias foram publicadas normalmente nas revistas dos personagens ao longo dos anos. Aqui reuniram tudo em um. É hq antiga, então tem muitos elementos duvidosos que felizmente não existem mais, mas a hq até que é boa, embora extensa demais e enrolada. Os tomos 1 e 2 se focam nos lacaios de Thanos, vilões a serviço dele, que vivem atacando os heróis. Também tem algumas lutas diretas com o Titã (os melhores momentos). O Capitão Marvel é o grande destaque. A luta com o Cubo Cósmico é a melhor parte. Os tomos 3 e 4 tratam da origem de Warlock. Hora da polêmica: Pior que a história é boa, mas... nhé. Não é algo que me interessei. Muito cansativo em alguns momentos, porém bom em outros. Considerando parte da saga, é filler. O tomo 5 encerra a saga de Warlock com o retorno de Thanos na história. Finalmente rs Inserem a ideia das Jóias do Infinito, mas na realidade mal usam (he). O grande confronto até que é legal. Embora não tenha sentido o mesmo peso das primeiras batalhas contra o Titã, foi bom. Homem-Aranha e Coisa roubando a cena, felizmente.

- A Morte do Capitão Marvel (1982): Na verdade o Thanos faz apenas uma participação, mas a hq tava na minha lista. Se passa logo após sua derrota. Caramba, que história triste. É irônico quando começam a se questionar sobre a vida, sobre ter enormes poderes, vencer grandes inimigos, ser o grandioso em meio as grandiosidades... e morrer pra uma mera doença gerada por seu próprio corpo.

- Surfista Prateado (1990): Thanos retornou no título solo do Surfista de forma interessante, buscando as Jóias do Infinito para dizimar metade do universo. O problema é que a história logo se perde e fica repetitiva e monótona, como um grande filler, voltando a melhorar só no fim. Dentre as poucas mais de 10 edições com o personagem, creio que umas duas ou três sejam boas. Só vale o começo pelo retorno e o fim que prepara pra grande trilogia que estava por vir.

- Em Busca de Poder (1990): No meio das hqs do Surfista lançaram o especial Em Busca de Poder, que mostra como o Titã conseguiu as jóias. Mesmo sendo considerado clássico, achei cansativo. E literalmente repetem o mesmo quadrinho pra cada vez que ele fala sobre uma, só mudando o nome rs

- Desafio Infinito (1991): O Thanos só é destaque mesmo nessa primeira saga da Trilogia do Infinito, de longe a melhor. Com a Manopla do Infinito, ele molda o universo a sua vontade, começando por fazer 50% dos seres vivos desaparecerem. A história mostra basicamente os heróis restantes se reunindo para enfrentar Thanos. Enquanto isso, seres celestiais se organizam também. É legal. "Grandioso" num sentido literal, mas nada de "caramba, uma das melhores sagas!".

- Guerra Infinita (1992) + Cruzada Infinita (1993): As duas últimas sagas da Trilogia do Infinito se focam nas contrapartes de Warlock (Magus a do mal e Deusa a do bem) e as consequências que eles trazem. Guerra se utiliza de reciclagens e se perde em meio a premissa. Não é ruim, mas serve apenas para passar o tempo. Cruzada até tenta criar algo novo, mas também não causa impacto. Mesma consideração do anterior.

- Abismo Infinito (2002): Apesar das sagas medianas "encerrarem" a saga Infinito, não foi bem um fim, porque uma década depois veio uma continuação. Tentei ler Abismo Infinito, mas não aguentei a primeira edição rs Depois dos dois últimos, desanimou, ainda mais que dizem que esse é bem inferior aos anteriores, que já não são grande coisa.

- Universo Marvel: O Fim (2003): Bah. Tem umas partes bem legais, mas em geral nem é isso tudo. Na verdade é enrolado pra caramba. Diversos momentos entediantes. Primeiro que metade da saga tem um vilão aleatório pra depois o Thanos conseguir novamente poderes divinos e ferrar com o universo.

- Thanos v1 (2003): Primeiro título solo do Thanos. Não deu, desisti na metade. Li bons comentários sobre, mas achei cansativo. Curti a ideia de colocar Galactus contra Thanos, mas... nhé. Só encerrei esse arco e não quis ler mais. To achando tudo muito repetitivo já. Mas bora ler mais algumas sagas aí.

- Aniquilação (2006): Sou muito do contra rs Aniquilação é uma elogiada saga cósmica sobre uma infestação que pretende aniquilar o universo. Heróis e vilões dos confins do espaço se unem para impedir. Hum... achei bem nada demais. A ideia é boa, tem uns acontecimentos interessantes, mas não consegui me apegar. O prólogo, o começo e o fim foram as melhores partes. De resto... nhé. Tentei ler os outros prelúdios, mas desisti na do Drax.

- A Imperativa Thanos (2010): Consegue se sair melhor. Se passa depois de Aniquilação, quando o rasgo do universo é rasgado (pois é rs) e lá encontram os Vingativos, uma versão maligna dos Vingadores (tosco, eu sei). Thanos tem destaque (óbvio), com seu desejo de morrer eternamente, algo que nunca consegue. Tem um rumo interessante. Mas, sem querer ser do contra novamente, por mais que essa também seja uma saga elogiada, achei apenas "boa".

- Infinito (2013): Um caso complicado. Já vi elogios como se fosse uma das melhores sagas cósmicas da Marvel. O ruim de algumas grandes sagas é que precisar ler outros títulos pra entender tudo, e aqui não é diferente. Eu, rebelde como sou (rs), decidi ler apenas as hqs principais mesmo. Ok. Premissa normal, envolvendo algo sobre fim do universo e "tributo" para Thanos. Diversos momentos repletos de resumos sobre o que estava acontecendo em outros lugares. Nem vou avaliar muito esse porque li com pressa, mas é bacana. Quem sabe futuramente eu releia com os outros títulos... [UP] Acabei lendo tudo depois. Curti.

[RASCUNHO] Batman - De Terremoto a Terra de Ninguém (hqs)

A era Terremoto / Terra de Ninguém repercutiu de 1998 a 2000. Ao todo, dá mais de 3mil páginas de conteúdo. Foi nesse período que ocorreram acontecimentos marcantes, como a presença dos Vigilantes de Gotham (a Bat-família), a introdução da Arlequina nas hqs, a morte de Sarah pelo Coringa, etc.

Terremoto ~ É um arco totalmente focado no momento do grande tremor e seus primeiros dias, mostrando diversos personagens do universo Batman salvando pessoas e enfrentando bandidos que se aproveitam da situação. Colocar super-heróis pra enfrentar um desastre natural na época foi uma ideia grandiosa. Ainda é de um nível surpreendente até. E podia ser maior ainda, mas preferiram algo mais "simples", deixando o potencial a ser desenvolvido nos próximos arcos.

Caminho Para a Terra de Ninguém ~ Poderia ser apenas uma história de recomeço após uma tragédia, mas é completamente o oposto. História de peso, mostra Gotham devastada após o terremoto e acompanhamos o abandono da cidade enquanto Bruce tenta falhamente fazer com que os moradores e as empresas permaneçam. Obviamente previsível que a cidade é abandonada, mas é bem interessante acompanhar esse período, as motivações e todo o processo apocalíptico que levou até o começo da Terra de Ninguém.

Terra de Ninguém ~ Provavelmente a melhor saga do Bat-universo. Tudo o que disse anteriormente sobre ter potencial pra mais foi concretizado (já estava sendo). O povo enlouqueceu e os vilões tomaram conta de tudo. O Bat-universo é vasto. Dezenas de personagens, heróis e vilões, encapuzados e civis, fazem parte da enorme trama que percorre toda a cidade de Gotham. A sensação é de realmente estar acompanhando todo um universo ali. Vale citar alguns momentos interessantes, como quando o Batman tira um vilão do poder numa área, mas o povo começa a reclamar com ele pedindo o vilão de volta, já que eles não sabem o que fazer sem ninguém no comando (e é o vilão que arranja comida e segurança pra eles). E isso é só um caso num só lugar. Pra ver o nível das coisas e a profundidade dos acontecimentos. É algo imenso. Muito bom.

[RASCUNHO] O Máskara (hq)

O Máskara

Sensacional rs Li a trilogia original do Máskara. Eu já sabia que o personagem era violento, mas a surpresa foi pelo misto de sensações. Acabam inserindo um humor negro que varia de acordo com o usuário da máscara.

Notei que cada série buscam alguém diferente pra se focar como usuário(s) da máscara. Interessante ver de onde as adaptações pegaram (e distorceram) os personagens. O Stanley, que é protagonista do filme e do desenho, na verdade foi apenas o primeiro usuário e aparece apenas em Mayhem (relançado como O Máskara 0), que originou a primeira série. E ele é um babaca rs

As duas primeiras séries (O Máskara e O Retorno do Máskara) giram em torno da ex-namorada do Stanley, dos policiais que investigam o caso do "Cabeção" (o Máskara rs) e dos bandidos envolvidos. Diria que são as séries principais. A terceira série (O Máskara Contra-Ataca) já desanda pra uma trama mais solta e mais leve (a própria hq ironiza isso) aproveitando o sucesso do filme. Mas fiquei com vontade de ler as outras hqs da franquia. Tem bastante.

[RASCUNHO] Fios de Prata - Reconstruindo Sandman (livro)

Fios de Prata - Reconstruindo Sandman

O livro é tão bom e tão convincente que parece até que me acordou no meio da noite propositalmente para termina-lo. Nem sei como demorei tanto pra ler, porque toda vez que lia não conseguia parar.

Fios de Prata é mais uma prova que o mercado nacional sabe fazer fantasia tão bem quanto lá fora. O livro trata sobre sonhos e de onde vem as inspirações. A trama se inicia relativamente "simples" (se é que dá pra chamar assim) e vai se expandindo em personagens, lugares e situações, tomando proporções grandiosas.

Temos um jogador de futebol que é perturbado por sonhos estranhos frequentemente. Ele é apaixonado por uma ginasta. Um dia a alma dela é roubada e levada ao Inferno e ele vai atrás, descobrindo algo muito maior ocorrendo no plano etéreo. Nesse plano, numa mistura de religiões/mitologias, temos deuses, anjos, demônios e outras criaturas se envolvendo em conflitos no Sonhar e além.

Daí o subtítulo do livro, Reconstruindo Sandman. Muito se é ligado ao personagem de Neil Gaiman, mas aqui o autor Raphael Draccon busca mais o lado das lendas gregas mesmo. E há muitas referências a cultura pop também, dos mais diversos. E algumas passagens histórias. A forma que o autor escreve as cenas são sensacionais, sempre transmitindo as emoções contidas nelas. Em alguns momentos de inspiração, o livro chega a soar como uma auto-ajuda, sendo bem mais eficaz que os próprios (rs). Realmente incrível.

Compilado de comentários sobre os quadrinhos antigos de Star Wars

Publiquei os coments nas redes sociais e decidi postar por aqui.

- Star Wars: Alvorecer dos Jedi ~ Cronologicamente, essa é a primeira hq. Por contar o começo de tudo, a expectativa era boa, mas... O começo mesmo é resumido na introdução e depois vira um grande nada demais. Se tem uma coisa que a história serviu foi pra contar a origem do sabre de luz e deixar algumas pistas do que estava por vir, mas em geral é uma hq sem atrativo nenhum.

- Star Wars: Contos dos Jedi ~ Ótima hq da franquia. É um conjunto de arcos que se passam na época da Velha República. Começam 5000 mil anos antes da trilogia original e depois avançam 1000 anos. Os sith estão tentando tomar controle da galáxia depois de muito tempo, sendo considerados lendas. Os jedi não possuem tanto respeito. Nesse meio a história se envolve nas tramas de vários ótimos personagens. Época de Uliq Qel-Droma e Nomi Sunrider. As hqs tem umas edições com artes bem atrativas visualmente, com charme da época e cores vivas. Curioso notar alguns elementos que depois seriam utilizados nos filmes posteriores (tanto na trilogia prequel quanto na atual), como jedi indo para o lado negro (embora o Anakin já tivesse feito isso, mas me refiro a mostrarem o processo) e a técnica jedi de materializar ilusões.

- Star Wars: Cavaleiros da Antiga República ~ Continuação de Contos dos Jedi. Que decepção. Não aguentei prosseguir. Desisti no terceiro arco pulando várias partes. Quando começou com o clima de humor besta já me desanimou, daí veio aquele plot twist muito interessante, mas... que personagens chatos, que trama chata, muito enrolado, cheio de diálogos desnecessários. A história parece não sair do lugar. Uma pena. Se fosse curto até leria, mas é longo. E pensar que essa hq deu origem posteriormente ao tão bem recebido jogo The Old Republic, tornando a hq uma espécie de prelúdio.

- Star Wars: Tribo Perdida dos Sith ~ Nhé. A primeira edição não empolga, mas depois melhora... pouco. Ia pular, mas me recomendaram e percebi como tem fã chato que se satisfaz com qualquer coisa rs História bem nada demais. Desinteressante.

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- Star Wars: The Old Republic ~ Foi vendido como baseado no jogo, mas descobri que lançaram antes do jogo ficar pronto. Não sei o quanto tá fiel, mas parece muito um prelúdio (o que deve realmente ser). São três arcos que parecem seguir uma linha cronológica sobre a quebra de um tratado de paz, mas cada arco tem seus próprios personagens. Começa morno, mas vai melhorando e ficando empolgante. O segundo arco, o do sith, é o melhor. Pena que em geral tudo o que sobra é um vazio de história incompleta, mesmo que o último arco traga um "fim", até porque nada acabou mesmo e o destino dos personagens ficam em aberto.

- Star Wars: Cavaleira Errante ~ Grata surpresa. Finalmente mais uma boa hq da Antiga República. A história é de uma recém-formada jedi que sobrevive a um massacre e tem que salvar milhares de escravos das mãos de sith poderosos, onde um deles chega a se intitular como criador do universo. São 3 arcos, o primeiro é de longe o melhor, mas o segundo apresenta boas ideias e cenas espaciais e o terceiro encerra bem a trama.

- Star Wars: Jedi vs Sith ~ Essa é a hq que mostra como a era dos lordes sith acabaram e se iniciou a ideia de apenas um mestre e seu aprendiz. Pra algo grandioso, é uma história que soa bem simples. Pra uma história, uma boa surpresa. No começo não tava confiante com os personagens crianças, mas ao longo da hq diversas reviravoltas sensacionais acontecem. E não há piedade só por serem crianças. Elas vão parar em meio a uma grande batalha entre jedi e sith que vale muito a curiosidade.

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Star Wars: Expurgo, Império, Rebelião.

Os três títulos possuem histórias variadas com diversos personagens. Expurgo se passa após o Episódio III e se foca no Vader. É uma mini dispensável, mas tem algumas histórias boas.

Império é a hq mais longa (e melhor) e conta os lados de vários personagens antes, durante e depois o Episódio IV. Ótima hq. Rebelião continua de onde parou, servindo como um bom acréscimo. Destaque pras equipes das missões suicidas, pros amigos antigos do Luke retornando e pras histórias do ponto de vista do Império, rendendo questões sobre qual lado está certo e qual está errado.

Tem uma história que se passa nos últimos momentos da Estrela da Morte. É ótima.

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Star Wars - Trilogias Thrawn, Império do Mal (Dark Empire) e Império Rubro (Empire's End)

Hora de ser polêmico: A trilogia Thrawn é bem aclamada na franquia. Se passa depois de O Retorno dos Jedi. Talvez os livros sejam realmente bons, mas as hqs, que são adaptações, pra mim foram bastante decepcionantes. Cansativo, diálogos longos e repetitivos que parecem não levar a nada, pouca "ação". Quase desisti no primeiro arco, mas depois foi melhorando lentamente. Gostei da Mara Jade e do Thrawn, foram ótimos personagens. Infelizmente o final é péssimo e não dá impressão nenhuma de encerramento.

Império do Mal é muito viajada, mas foi a que eu mais curti rs Personagens antigos retornam sabe-se lá como. Tem uns papos de clones envolvidos também, mas cada coisa no seu lugar. O primeiro arco mostra Luke indo para o lado negro, embora isso seja apenas uma parte da história. A trama é frenética do início ao fim, repleto de cenas de batalhas. Já Império Rubro conta a história de um antigo soldado do Palpatine que se rebela contra os corruptos que herdaram o Império. Interessante história, apenas do meio mediano. Gostei de ver uma trama de "justiça pelas próprias mãos" através de um "vilão", se é que dá pra chama-lo disso, já que ele busca ajuda dos rebeldes.

[RASCUNHO] Um Cântico Para Leibowitz (livro)

Um Cântico Para Leibowitz

Quem imaginaria a Igreja salvando a ciência rs Clássico premiado da literatura pós-apocaliptica, a trama se divide em 3 eras diferentes. A Terra é devastada por uma guerra nuclear e pelos seus sobreviventes, que decidem acabar com tudo que remete ao passado. A trama começa séculos depois, onde monges da Ordem de Leibowitz tentam preservar os documentos que sobraram.

A história é bem lenta, mas não menos interessante por isso. A experiência do livro é intrigante. É um livro pra sentir. Acompanhamos monges buscando preservar o passado num mundo devastado que prefere viver na ignorância. Cada parte tem seu protagonista. Várias revelações vão acontecendo e enriquecendo a trama. É como olhar para uma expedição arqueológica encontrando nós mesmos.

O autor usa muito do catolicismo no livro, incluindo elementos que hoje nem existem mais. É bem aprofundado, seguindo tradições e afins. O latim também marca presença. Bastante até. Vale citar que o autor era católico e tinha traumas da Segunda Guerra, o que explica o realismo da trama. Vale citar também que não é um livro religioso, por mais que pareça. Toda a trama se passa pelo que seria a Igreja Católica futurista. Ou o que restou dela. Muito bom. Grata surpresa.

[RASCUNHO] Turma da Mônica x DC Comics (hqs)

Li os crossovers da DC com a Turma da Mônica e achei bem ok. Parte agradável, parte boba, mas ainda assim um desperdício de potencial.

Da turma criança, de longe o melhor é a cativante história do Chico Bento com o Superman e a Mulher-Maravilha. A história do Cebolinha com o Batman é bem divertida. De resto valem mais pelos encontros, beirando do nada demais ao bobo demais. O mais fraco é a história da Turma da Mônica. Mas ainda estão no nível das hqs normais. A variação de qualidade de uma edição pra outra é grande.

Da Turma Jovem, ao que parece é apenas algo fechado, como realidades paralelas, porque as duas edições são independentes entre si. Odisseia Infinita é a melhor, com a Liga sendo transportada pro Bairro do Limoeiro e se unindo a Turma pra enfrentarem os vilões de lá. Já a edição posterior, Os Mais Jovens Heróis da Terra, nem faz sentido, embora ainda seja uma boa aventura. Todos são do mesmo universo, mas ninguém se conhece.

Vale citar que todas as hqs ignoram a existência de suas paródias, o que é compreensível, já que estamos falando de crossovers oficiais. Algumas edições foram uma grande surpresa, outras meio decepcionantes, mas no fim me pareceu que poderia ter sido melhor. A turma criança ok, é bem infantil (apesar de tudo), tem histórias mais bacanas e outras apenas pra encher páginas. Já a Turma Jovem já demonstrou potenciais muito maiores do que o visto nesses crossovers, visto as edições de terror e de tramas mais sérias. Aqui é tudo mais diversão, e isso não é ruim, mas sabendo do que poderiam fazer, influencia no resultado. Felizmente, ambas as gerações mantém suas essências, e isso vale muito.

[RASCUNHO] Marx (hq)

"- Vamos fundar o comitê de correspondência comunista. Comece excluindo todos os que não concordam comigo. ... O problema é substituí-los."

"- Compro, logo sou. É assim que os homens vivem?
- É assim que os consumidores querem viver!"

Lendo a hq biográfica "Marx", de Corinne Maier. Interessante.

Engraçado como a hq ironiza seus ideais ao mesmo tempo que o defende. Numa hora Marx tá tendo altos pensamentos revolucionários em prol dos trabalhadores e de um mundo mais igualitário, onde todos pudessem viver bem, influenciando pessoas e mudando pensamentos, mas em outra tá em crise tentando provar algumas de suas bases, ficando incomodado com suas revoluções não irem pra frente e relutando em se "rebaixar" temporariamente ao sistema capitalista para sobreviver. Aliás, haja sorte pra ele rs Toda hora uma herança de família, além da grana de seu grande amigo e aliado e dos seus trabalhos em jornais e afins. Mesmo assim continuou pobre. :v

Em determinado momento Marx é indagado sobre seu posicionamento perante tudo e ele diz que não é marxista (referência a uma frase polêmica sobre Marx ter se contradito). Na real Marx morreu antes de concluir seus livros base desenvolvendo todos seus ideais. Ele já denunciava em vida o uso errôneo de seus pensamentos. E a ironia nisso é que Marx sonhava com um país comunista e, após sua morte, ditadores distorceram suas ideias e governaram países. Ou seja: No fim, tudo era utópico demais. Todo esse papo de viver livremente e afins não dá. Viva a opressão do capitalismo.

Sobre Mim

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.