~ publicado originalmente em redes sociais ~
Parasite Eve
Um drama sobre luto e experiência científica. Creio que a mídia mais famosa de Parasite Eve seja sua franquia de jogos, porém tudo nasceu com um livro, que depois foi adaptado em filme. Enquanto os jogos seguem como uma "continuação espiritual", o filme busca ser mais fiel ao livro. Pelo menos é o que pesquisei, pois não li nem joguei (rs).
Falar sobre a trama é quase que um spoiler, visto que, apesar das duas horas de duração, o conteúdo narrativo do longa se resume em sua própria sinopse. Um cientista que está estudando o poder das mitocôndrias perde sua mulher num acidente. Em paralelo, um médico busca um doador de rins pra salvar uma paciente. Os dois se cruzam e o cientista descobre que as mitocôndrias são inteligentes e tem consciência própria.
Até aí já foi mais da metade do longa. É um filme lento, que começa como um romance e se torna um drama e culmina numa ficção científica com pegada de horror. Mas o drama romântico e meloso permanece. Diz o diretor que foi obrigado a seguir por esse caminho. Ele queria fazer um filme com uma pegada mais voltada ao terror e não deixaram. Provavelmente teríamos visto uma mistura boa de ambos na tela. Mas falando do resultado, temos algo competente na maior parte do tempo. Sem preocupação em acelerar as coisas, a trama bate na ideia de luto e do biólogo tentando superar as coisas e estudando seus casos. Acaba se estendendo mais do que devia, mas tem um clima envolvente.
No ato final acaba deixando a desejar, como se prometesse muito e entregasse pouco. Não sei qual foi o orçamento, mas parece ter sido baixo. Apenas arranham possíveis potenciais de um horror e talvez uma ação, destoando um tanto do que foi visto até ali, mas o drama volta a prevalecer. Soube que aliviaram o filme em relação ao final original do livro. É um filme curioso.
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