Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

07 junho 2022

[JAM STATION] [CRÍTICA] Pixels

[Publicado originalmente em 2015]

Pixels

[imagem] Cuidado! Pacman quer comer todo mundo!

Em 2010, um cara chamado Patrick Jean lançou um curta animado chamado Pixels. No curta, personagens dos videogames, mais precisamente dos jogos antigos, ganhavam vida e atacavam o mundo real. Sem diálogos e repletos de jogos e destruição, o curta logo caiu na graça dos gamers. Eis que, anos depois, os direitos sobre o curta foram comprados e acordos foram feitos (olhem, Sony e Nintendo juntas) para que um filme com atores reais fosse realizado. Era o sonho de qualquer gamer das antigas! O que poderia dar errado? Pra falar a verdade, muita coisa.

[imagem] Q-Bert quer sua atenção, por favor.

Comecemos com a contratação de Adam Sandler. Isso fez (e ainda faz) muitos ficarem com um pé atrás devido aos seus filmes de qualidade duvidosa. Não sou hater do cara, gostei de Click mas confesso que ele tem uma quantidade significativa de filmes ruins, mas isso não me fez desistir do filme. Também anunciaram Peter Dinklage, nosso querido e eterno anão de Game of Thrones, mas isso não tirou o medo que parte do público tinha com o Sandler. Digo parte porque o povão mesmo deve amar ele (me corrijam se eu estiver errado). Já o diretor do filme acabou sendo Chris Columbus, ninguém menos que o diretor dos dois primeiros Harry Potter e Esqueceram de Mim e de filmes como Uma Babá Quase Perfeita e o primeiro Percy Jackson. Apesar de tudo, trago as boas novas: Pixels é divertido. Muito divertido. E funciona pra quem é old gamer ou tem noção dos jogos dos anos 80, caso contrário não entenderá nenhuma referência. Hey, ainda há participação especial do criador do Pacman!

[imagem] "Ah, uma centopeia gigante! Mata! Mata!"

A trama simples é funcional e provavelmente a mais adequada pro tipo de filme, inclusive sendo uma própria referência aos jogos. Em 1982 rolou um campeonato de videogames e os jogos foram gravados e mandados para o espaço pela Nasa com o objetivo de conseguir se comunicar com alienígenas. Décadas depois, aliens encontraram os jogos, mas interpretaram como um pedido de guerra, recriando os personagens dos jogos e mandando-os para a Terra. Sem alternativas, o governo dos EUA recruta os "nerds/geeks/gamers" conhecidos pelo presidente para combater tais monstros de videogame.

Os personagens são ok, nenhum marcante, mas dá pro gasto. O humor também é ok, nada pra se rir muito mas também nada que encha o saco até não dar mais. Sobre o Adam Sandler, e tenho que citá-lo aqui por ser de grande preocupação (não minha, mas de muitos), ele tá ele mesmo nesse filme, goste ou não.

[imagem] Donkey Kong espera por você.

Obviamente, o que mais chama a atenção aqui são os jogos. Embora o trailer não conte realmente como funciona a trama mais a fundo, mostra diversos jogos um de cada vez. E é basicamente isso: São rounds, um jogo de cada vez. Eles só se misturam no grande ataque (como o trailer também mostra). Clichê, mas o melhor caminho que o filme pode seguir. Acredite: As cenas funcionam melhor com os jogos separados, até porque assim os personagens humanos se focam naquilo. Quando tá tudo junto, eles meio que tentam apenas matar todo mundo e se proteger.

Como era de se esperar, apenas alguns jogos possuem foco, como Centipede, Pacman, Donkey Kong, entre alguns outros (uns mais, outros menos), já outros são apenas easter-eggs, como Space Invaders, Tetris, Frogger, etc. Deixarei a surpresa pra quem for ver. Ainda assim é muito bacana ver tais jogos mesmo que em cenas rápidas. E o visual de todos tão incríveis, seguem o 8-bits mas de forma tridimensional e chamativa, principalmente nas cenas noturnas.

[imagem] "Bem que minha mãe disse pra eu não jogar bola perto de casa..."

Pixels pode pecar em alguns quesitos, mas todas as cenas de "ação" do filme são divertidas, compensando as piadas e todo o resto. Sim, ao fim Pixels é sim um bom filme. Poderia ser melhor mas é diversão garantida, afinal, cinema também é diversão.

Curiosidade: Lady Lisa, do Dojo Quest, foi criada exclusivamente para o filme, assim como o jogo. Apesar, o jogo acabou sendo realmente feito e lançado para celulares. 

[imagem] "Não vou ver esse filme de jeito nenhum! Odeio o Adam Sandler e... e... qual é a próxima sessão mesmo?" 

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.