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09 janeiro 2019

[GEEKABLE] [CRÍTICA] Tempestade: Planeta em Fúria

[Repostagem temporária de algumas críticas que publiquei no Geekable].
[Matéria de 2017]

Tempestade: Planeta em Fúria

Subtítulo: Destruição mundial ao ritmo de ação e comédia.

Nota: 3,5 estrelas

Resumo: Com variados fenômenos da natureza, trama entrega diferentes gêneros num filme clichê que se sobressai mais pela qualidade que pela diferença com os demais. Ao fim é um bom filme-pipoca.



Nos últimos anos fomos devastados por filmes-catástrofe que investiram mais em efeitos do que roteiro (parece a situação do cinema em geral). Felizmente Tempestade: Planeta em Fúria não é um novo 2012 ou Terremoto, embora fosse melhor ter sido em alguns momentos. Também não é inovador, mas podemos relevar.

Filmes-catástrofe sempre dividiram crítica e público. Há quem goste, há quem não goste. Em suma, deve-se ter em mente que filmes do tipo costumam ser feitos para divertir, com cenas exageradas e grandiosas.

Com direção e roteiro de Dean Devlin (Indepencende Day, Godzilla), Geostorm, embora mantenha o modelo de família problemática de fundo típico do gênero, felizmente vai além. Dessa vez temos uma história envolvendo questões políticas e ambientais.

Dentro do universo do longa, o planeta Terra chegou a um ponto tão problemático em 2019 que o clima mudou, tornando fenômenos da natureza frequentes. O engenheiro Jake Lawson (Gerard Butler) então constrói o Dutch Boy (Menino Holandês), um satélite universal capaz de controlar o clima e impedir que as mudanças climáticas destruam tudo.

Devido a problemas políticos, Jake é afastado de seu cargo. Seu irmão, Max (Jim Sturgess), assume o cargo. Cumprindo os prazos, a posse do satélite está para ser transferida para a ONU quando falhas técnicas começam a ocorrer, resultando em mortes ao redor do mundo. Jake é chamado para resolver o caso.

O filme então se divide basicamente em duas linhas: Uma com Jake no satélite e outra com Max na Terra. Há também uma pequena parte para Hannah (Talitha Bateman), filha de Jake, que inclusive inicia a narração do longa, embora não tenha papel maior na trama.

Jake se envolve com a equipe do satélite, buscando resolver o problema, mas acaba por descobrir uma conspiração que envolve até mesmo o presidente dos Estados Unidos Andrew Palma (Andy Garcia). Max por sua vez possui uma relação secreta com a agente Sarah Wilson (Abbie Cornish), presente em toda a trama. Outros personagens acabam aparecendo conforme o longa avança, ficaria extenso citar todos.

O longa varia entre seus gêneros, buscando um equilíbrio entre o drama, o romance, a comédia e a ação. Buscando ser grandioso, o filme acaba falhando em alguns momentos, forçando acontecimentos para se manter dentro do nível aceitável para o público geral, principalmente no terceiro ato. Apesar, seu saldo final é positivo.

As cenas de destruição são boas, porém sente-se que algumas poderiam ser melhor. Em compensação, percebe-se que o foco foi mostrar uma diversidade de eventos. Temos congelamento no deserto, derretimento na cidade, tsunami (salve Rio de Janeiro), tornados, raios, etc. Existe uma variedade de catástrofes para cada lugar do planeta.

O cgi do filme varia bastante. Enquanto em alguns momentos soa realista, com cenas bem trabalhadas e mescladas ao ambiente real, em outros soa falsa, sendo facilmente visível a animação destacada sobre a filmagem. Um problema tanto quanto comum, na verdade. Filmes de franquias grandes como X-Men: Apocalipse também sofrem disso. Nesse quesito, poderiam seguir o modelo do controverso 2012, com suas cenas surreais de brilhar os olhos e causar impacto. Aqui soa superficial, mesmo agradando no momento.

Em resumo, o filme cumpre seu papel de entreter. Ele desenvolve seus personagens, mescla gêneros, apresenta cenas empolgantes. Recomendo não assistir ao trailer nem procurar muitas sinopses, já que muito da trama está sendo divulgada abertamente, visto que o longa não tem pressa para seu desenvolvimento e possui um conjunto de tramas para ser contado.

Não estou dizendo que o longa seja algo inovador, pois não é. Nem também que ele se destaca por ser melhor que muitos do gênero, embora seja verdade. Acontece que Planeta em Fúria busca trazer um diferencial ao mesmo tempo que é mais do mesmo. Em vez de apenas um drama familiar com pessoas tentando sobreviver ao "fim do mundo", temos uma história de ação com conspiração governamental. Considero válido.

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.