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09 janeiro 2019

[GEEKABLE] [CRÍTICA] LEGO Batman: O Filme

[Repostagem temporária de algumas críticas que publiquei no Geekable].
[Matéria de 2017]

LEGO Batman: O Filme

Uma Aventura LEGO foi o primeiro longa cinematográfico das famosas peças de montar. Um dos personagens que fizeram parte do núcleo principal foi o Batman. Com um vasto universo a ser explorado e um resultado bastante positivo, eis que o longa solo do detetive mascarado surgiu. Se no filme anterior tivemos referências a inúmeros elementos da cultura pop, o que esperar de uma animação Lego do próprio Batman? Mais inúmeras referências, claro. E focadas no Batman! O festival de cenas alternadas entre paródias e homenagens aproveita ao máximo a mitologia do morcego, se encaixando em seu formato cômico com perfeição.

Por via de curiosidade, o gênio bilionário playboy filantropo da DC já havia aparecido em outras animações LEGO, inclusive com filmes solo, mas todos lançados para dvd. Valem a conferida para os fãs, inclusive um deles é baseado num dos jogos da franquia LEGO. Enfim.

A direção fica por conta de Chris Mckay (Frango Robô, Uma Aventura LEGO). Já o roteiro foi composto por um grupo de pessoas: Seth Grahame-Smith (Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros), Jared Stern (Vizinhos Imediatos de 3º Grau), Chris McKenna (Igor), John Whittington e Erik Sommers. Na trama, de forma bem resumida, Batman precisa repensar na ideia de trabalhar sozinho após o Coringa unir diversos vilões para derrotar Gotham.

Com indícios da criatividade que está por vir, Batman narra a abertura do filme, ou melhor, tira sarro das logos das empresas envolvidas. Sim, aquelas que aparecem quando o filme está iniciando. E, como ótimo clichê dos filmes de ação, o longa já inicia com vilões planejando algo grandioso. Já são diversas referências logo de começo, tantas que mal dá tempo de refletir sobre cada uma delas. Tem que ser ágil. Não que atrapalhe não 'pescar a referência' na hora, mas a experiência se torna completa e mais divertida quando se entende o que foi subliminarmente referenciado na cena. E, com cenas empolgantes, o longa vai se tornando grandioso antes mesmo da logo do filme aparecer, com direito ao Batman cantando. "Tudo é incrível", já dizia Uma Aventura LEGO. E a fórmula se repete aqui.

Aproveitando a estética Lego e todo o universo dos quadrinhos e dos filmes, a animação brinca com cada elemento, satirizando estereótipos e reforçando contextos presentes nas obras do herói, como família, amigos e amor, explorando seu lado solitário de órfão, seu afastamento de terceiros, sua relação com Alfred, sua rivalidade com Superman e sua preocupação com Coringa. Além, o personagem é exagerado em outros pontos, com um ego de querer sempre fama e ser uma criança rica e mimada por trás do Batman e da imagem de Bruce Wayne. A questão Batman/Bruce também é um ponto a ser tratado.

Mas nem só de Batman vive o filme solo do Batman. Personagens como Robin, Alfred, Barbara e Coringa ganham destaque dentro da trama e são responsáveis pelos rumos do herói. Cada personagem possui sua função e tudo é cumprido de forma natural, dentro de um roteiro milimetricamente calculado para que todas as ações soem dignas do universo Batman ao mesmo tempo que tragam momentos de reflexão ou descontração em meio a referências e mais referências.

Chega a ser difícil analisar uma animação que se usa como base referências e uma trama digna das histórias do morcego sem revelar alguns conteúdos. Para evitar, não entrarei em detalhes. Os fãs do morcego poderão notar diversas menções não só ao universo Batman como também a DC e além. Por parte do Batman, é possível perceber facilmente referências aos filmes e séries, inclusive uma das cenas mostra a trajetória do personagem pelos filmes. Por parte da DC, a Liga da Justiça e o Superman marcam presença. Claro que as referências não ficam apenas no conteúdo midiático, mas para isso é preciso ser ninja (que inclusive será tema do próximo filme Lego) e entender bastante de alguns conteúdos. Para além desse universo, assista e se surpreenda. O longa viaja de forma surpreendente. Estamos falando da Warner e de Lego com DC, seguindo os moldes de Uma Aventura LEGO. Apesar, é bom avisar que o que acontece aqui é bem diferente de seu antecessor. É outra situação, outro modelo de história. E tudo faz sentido.

Em suma, LEGO Batman: O Filme é a animação ideal do Batman, o longa que precisava ser feito. Com muito bom humor, mas sem perder seu lado dramático, ele consegue tratar de questões constantes na mitologia do homem-morcego de forma genial. Claro que se adaptando aos moldes Lego, o que torna mais genial ainda, mas o resultado é satisfatório e válido para os fãs de ambas as franquias.

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.