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22 maio 2021

[O VÓRTICE] A trajetória da franquia Death Note

Death Note é uma história incrível. Com mais de 10 anos de existência, a franquia continua firme. Sua rica história já foi adaptada diversas vezes e já abriu espaço para expansão. Mas quantas adaptações de Death Note existem oficialmente? É o que será respondido aqui, numa breve trajetória da franquia.

A obra com roteiro de Tsugumi Ohba e arte de Takeshi Obata surgiu em 2003 como mangá e teve, ao todo, 12 volumes. Na trama, o estudante Light, adotando o nome de Kira, pune todos aqueles que considera podre para a sociedade. Para isso, ele usa um caderno sobrenatural, pertencente ao deus da morte Ryuk, onde aquele que tem seu nome escrito nele, morre. Não demora para que Light comece a ser perseguido pelo misterioso detetive L e mate muito além de criminosos.

As adaptações japonesas

Com o sucesso, não tardou para as adaptações virem. Na verdade, muitas de uma vez. Só em 2006, poucos meses depois do fim do mangá, quatro adaptações foram lançadas.

O primeiro foi a light novel (basicamente um livro) Death Note - Another Note: O Caso dos Assassinatos em Los Angeles, com uma história inédita dentro do universo do mangá, contando o caso citado no mangá onde a agente Naomi Misora trabalhou ao lado do detetive L. O livro foi escrito por Nisio Isin (Monogatari), mas lançado como sendo escrito por M (Mello).

Logo depois, estreou a adaptação animada do mangá, com 37 episódios divididos em duas temporadas. O anime de mesmo nome, produzido pela Madhouse, dirigido por Tetsuro Araki (Attack on Titan) e fielmente adaptado (com exceção do final), fez tanto sucesso quanto o mangá e tornou a obra conhecida mundialmente.

Ainda no mesmo ano, duas adaptações com atores reais saíram: Death Note e Death Note: The Last Name, ambos sucesso de bilheteria no Japão, conquistando o público. Os filmes traziam uma versão diferente da história, seguindo a mesma trama, mas mudando alguns elementos. Os dois longas tiveram a direção de Shusuke Kaneko (GMK / Godzilla, Mothra and King Ghidorah) e roteiro de Tetsuya Oishi (Blade of the Immortal).

O papel de Light ficou com Tatsuya Fujiwara (Battle Royale). L ficou por conta de Kenichi Matsuyama (Nana), que muitos consideram até hoje a melhor adaptação do personagem. O curioso é que ele dublou o shinigami Gelus no anime. Misa, por sua vez, foi interpretada pela famosa Erika Toda (Liar Game). Foi o primeiro filme dela. Nakamura Shido II (Yamato), dublador do Ryuk no anime, voltou a dublar o personagem nos filmes.

2007 - 2008

Em 2007 foi lançado o filme animado Death Note: Relight - Visions of a God, que resumia até um pouco depois da primeira temporada do anime, contando com um final inédito. No mesmo ano, saiu a light novel do futuro filme derivado da franquia: L: Change the World, lançado em 2008, se passando antes do final do segundo filme. Apesar do livro sair antes, ele foi baseado no filme.

O longa foi dirigido por Hideo Nakata (Ring) e roteirizado Hirotoshi Kobayashi (Sweet Rain). A história dividiu opiniões, trazendo uma aventura onde L cuidava de duas crianças e enfrentava uma organização bioterrorista.

Ainda em 2008, foi lançado a continuação do filme animado anterior. Death Note: Relight 2 - L's Successors resumiu o restante da segunda temporada. Esse era o fim de uma era de adaptações por longos anos.

2015 - 2016

Em 2015 a franquia ressurgiu. Um musical teatral ocorreu no Japão e outro na Coreia do Sul. As músicas foram compostas em inglês por Frank Wildhorn, famoso compositor do ramo, e depois adaptadas para as respectivas línguas. As críticas foram mistas. Os personagens foram atuados por atores de teatro, de tv e artistas musicais.

No mesmo ano, lançaram um dorama (seriado) de 11 episódios, também contando sua própria versão da história, mas com base na obra original. O dorama trouxe diversas mudanças para os personagens, mas, o que poderia ser arriscado, acabou ganhando apoio do público, sendo bem recebido. Ao fim, com o sucesso, foi revelado que um novo filme sairia.

Nessa versão, Light foi interpretado por Masataka Kubota (Rurouni Kenshin). A atuação rendeu o prêmio de melhor ator na 86th The Television Drama Academy Awards. Já L foi interpretado pelo ator-modelo Kento Yamazaki (Another), Misa pela atriz-modelo Hinako Sano (Akumu-chan) e Near/Mello pelo ator-modelo Mio Yuki (Assassination Classroom).

O esperado filme foi lançado em 2016. Death Note: Light Up the New World trazia a história para os dias atuais. Como uma fanfic virando realidade, ele mostrava o mundo uma década após o fim de Kira. Nele, seis cadernos foram espalhados pelo mundo, enquanto os "herdeiros" de Light e de L iniciavam uma nova batalha.

O longa foi acompanhado da minissérie New Generation, que tinha como objetivo conectar os filmes antigos com o novo, mas a verdade é que serviu apenas como prelúdio para o novo filme. Apesar de opcional, trouxe consigo cenas que enriqueceram a trama. Curiosidade: Algumas das cenas são exibidas durante a introdução do filme, que mostra em "flashback" o que aconteceu nesses dez anos.

2020

Em 2020, uma surpresa: Um one-shot foi publicado. Os autores do mangá retornaram para contar uma nova trama em um capítulo especial. O protagonista da vez é o estudante Minoru Tanaka, que encontra o Death Note de Ryuk. O mangá teve certa popularidade por conter uma cena com o até então presidente Donald Trump que viralizou na internet.

A adaptação americana

Enquanto no Japão a franquia ia bem, ideias de uma versão americana surgiam. Dá para achar relatos de 2007 sobre isso. Sabe-se porém que a Warner Bros é quem estava responsável pela adaptação. Devido a problemas internos e desavenças, o projeto acabou sendo engavetado. Shane Black (Homem de Ferro 3), que dirigiria o filme na época, chegou a dizer em 2011 que queriam tirar o shinigami e deixar o Light bondoso, o que quase fez o projeto ser cancelado.

Eis que, em 2015, a Warner confirmou que o filme finalmente sairia do papel, com Adam Wingard (Bruxa de Blair) como diretor e Jeremy Slater (Quarteto Fantástico) como roteirista, mas, devido a redução de custos, o projeto foi cancelado. Em 2016, a Netflix decidiu comprar os direitos da Warner, oferecidos pelo próprio Wingard, e seguir em frente com o projeto, mantendo a equipe que trabalhava nele. E então, em 2017, o longa finalmente viu a luz do dia... Mas não foi bem recebido.

O futuro da franquia

Não se sabe o que o futuro reserva para Death Note. Espera-se que o último filme japonês a sair seja o primeiro de muitos. Com potencial para ir além, o longa deixa gancho para isso e prepara o terreno para a nova geração. Dividindo opiniões, os filmes e o dorama continuam conquistando o público.

Em 2020, foi anunciado um novo mangá de Death Note, sem muitos detalhes. Sabe-se que Death Note: Short Stories será um compilado de one-shots. O mangá será lançado em 2021.

Do lado americano, existe projeto para uma continuação da adaptação. Cabe a Netflix aprovar ou não, já que, por parte do diretor, um novo filme já está garantido. A crítica e o público, entretanto, não estão satisfeitos com o resultado.

Linha do tempo

Dezembro de 2003 - Primeiro volume do mangá é lançado.</li><li>Maio de 2006 - Último volume do mangá é lançado.</li><li>Junho de 2006 - Primeiro live-action é lançado.</li><li>Agosto de 2006 - Primeira light novel é lançada.</li><li>Outubro de 2006 - Primeiro episódio do anime é exibido e segundo live-action é lançado.</li><li>Junho de 2007 - Último episódio do anime é exibido.</li><li>Agosto de 2007 - Primeiro filme animado é lançado.</li><li>Dezembro de 2007 - Segunda light novel é lançada.</li><li>Fevereiro de 2008 - Terceiro live-action é lançado.</li><li>Agosto de 2008 - Segundo filme animado é lançado.</li><li>Abril de 2015 - Primeira apresentação teatral japonesa ocorre.</li><li>Julho de 2015 - Primeiro episódio do dorama é exibido e primeira apresentação teatral sul-coreana ocorre.</li><li>Setembro de 2015 - Último episódio do dorama é exibido.</li><li>Setembro de 2016 - Todos os episódios da minissérie do quarto filme em live-action são lançados.</li><li>Outubro de 2016 - Quarto live-action é lançado.</li><li>Agosto de 2017 - Versão americana é lançada.</li><li>Fevereiro de 2020 - Novo one-shot é lançado.


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Sobre Mim

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.