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22 maio 2021

[O VÓRTICE] [CRÍTICA] No Gogó do Paulinho

No Gogó do Paulinho

Interpretado pelo ator, compositor e humorista Maurício Manfrini desde os anos 90, Paulinho Gogó marcou presença na rádio e na TV, e agora, após 25 anos, está marcando presença no cinema. Lançado pela Amazon Prime Video após adiamentos no cinema devido a pandemia do covid-19, No Gogó do Paulinho conta a trajetória de Paulinho Gogó desde sua infância até antes de sua fama, mostrando no caminho como ele conheceu os famosos personagens que ele tanto cita em seus casos, como seu grande amor Nega Juju (Cacau Protásio).

Dirigido por Roberto Santucci e roteirizado por Paulo Cursino, que trabalharam juntos em diversos filmes, incluindo De Pernas Para o Ar, Até que a Sorte nos Separe e Os Farofeiros, o longa do nosso "Forrest Gump brasileiro" tem como fio condutor de toda a trama Paulinho Gogó sentado num banco de praça contando sua história para os transeuntes locais. O protagonista então relembra, em forma de flashbacks, toda sua vida até ali.

Conteúdo da jornada e celebridades

Durante a passagem de infância, Paulinho Gogó interpreta seu próprio pai, enquanto sua versão criança é interpretada por Gabriel Moreira (o Cascão de Turma da Mônica: Laços). Ao longo do arco, temos noção de como é o humor do filme. Algo mais leve, um tanto diferente para quem está acostumado com o personagem em A Praça é Nossa, que talvez seja sua passagem mais famosa na TV.

As coisas começam a se desenvolver melhor quando Paulinho Gogó decide ir para o Exército para conquistar sua amada, que nada se importa com ele. É lá que conhecemos personagens como Chico Virilha (Serjão Loroza), Biricotico (Giovani Brás), Helinho Gastrite (Maurício de Barros) e Celso Bigorna (Estevam Nabote). Após o serviço militar, as aventuras da vida adulta aguardam a todos.

Ao longo do filme há também participações especiais, seja como personagens, seja como figurantes, como Carlos Alberto de Nóbrega, Bemvindo Sequeira, Mariana Rebelo, Anderson Leonardo (Molejo), etc. [Foi o Marcos Castro na cena em que o Gigante Léo aparece?]. Há também sósias de famosos, como nos casos de Zeca Pagodinho e Neymar. Há até uma paródia de Bolsonaro sendo interpretado por Léo Lins. 

E o longa é basicamente isso: Trechos de "fatos venérios" aqui e ali, com Paulinho Gogó causando confusão e tentando conquistar sua amada. São como várias esquetes unidas por um arco maior. A adaptação das conversas do original para a dramatização é certeira: No filme, o personagem narra os ocorridos nos momentos adequados, passando a impressão de um diálogo entre amigos.

Humor brasileiro "Sessão da Tarde"

Como dito anteriormente, o humor de No Gogó do Paulinho é bem mais leve que o mostrado na TV. No lugar de todo aquele besteirol de duplo sentido, temos algo mais pastelão, bobo, caricato. Ainda tem uma coisa ou outra mais "pesada", mas não no mesmo nível. Inclusive a comparação se torna absurda quando trechos de A Praça é Nossa são exibidas ao longo dos créditos finais. Pareceu-me no longa uma tentativa de aliviar as situações para alcançar um público maior, um filme para se ver com a família. E também uma recuada no que é considerado um humor por vezes preconceituoso, polêmico, machista para os padrões atuais.

Apesar dessa diferença no conteúdo das piadas, No Gogó do Paulinho apresenta uma versão fiel do Paulinho Gogó, com todo seu jeito de ser, suas hilárias comparações e seu inconfundível vocabulário único. O filme de origem apresenta bem esse universo e rende momentos divertidos. É como ele mesmo diz: "Quem não tem dinheiro, conta história".

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.