Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

25 setembro 2021

[RASCUNHO] A Menina que Matou os Pais / O Menino que Matou meus Pais

~ Publicado originalmente em redes sociais. ~

~ Apenas um comentário, nada muito aprofundado. ~


A Menina que Matou os Pais / O Menino que Matou meus Pais

O Caso Richthofen enfim ganha sua adaptação cinematográfica. O resultado porém acaba ficando na média. Os dois filmes, cada um contado por um ponto de vista (da Suzane Von Richthofen e do Daniel Cravinhos), se foca em contar a relação dos envolvidos e suas motivações para o crime. Nada além disso. É como ver uma dramatização dos depoimentos. Não há investigações, não há julgamentos adicionais, nada. No máximo uns jornais durante os créditos de abertura e uma frase de sentença antes dos créditos finais. Se preocuparam tanto em ser fiéis aos depoimentos, inclusive, pelo que pesquisei, mantendo diálogos sem uma alteração sequer e até repetindo jeitos, que as produções se tornam como parte de algo incompleto. Pra um conjunto de longas que contou com a participação da criminóloga Ilana Casoy e do escritor Raphael Montes, era de se esperar um roteiro mais completo. Mas enfim, a proposta era apenas contar as duas versões mesmo e o público se questionar e decidir a verdade. A sensação é de que deveria haver um terceiro longa mostrando os demais lados. Quando se lê sobre o caso, é visível o quanto de detalhes deixaram de fora. Há livros sobre isso, mas a página na Wikipedia sobre o ocorrido possui muitas informações também, com direito a fontes.

A atriz que fez a Suzane mandou bem pra caramba, de longe a melhor atuação dos longas. Só as cenas dela no tribunal é que soaram artificiais, como um cosplay bem caricato da acusada. Os demais também mandam bem. Quanto ao peso do filme, espero que pelo menos abra portas pro gênero "true crime" (crime real) no Brasil, assim como está ocorrendo nos documentários. E é de rir pra não chorar que desde o marketing até no próprio filme tenham que esclarecer que obras do tipo não são feitas pra vangloriar criminosos.

Apesar dos resultados dividirem opiniões, a justificativa de duas versões é válida e um filme complementa o outro muito bem. São poucas as cenas iguais, visto que na maioria as cenas semelhantes mudam o ângulo do ocorrido, alguns detalhes de objetos e os diálogos do momento, isso fora cenas que mudam até os envolvidos na ocasião. Há também cenas que se interligam por acontecer antes ou depois de outra cena da versão oposta. É uma boa experiência como entretenimento, mas se quiser saber melhor o caso tem que pesquisar.


[Devido aos adiamento da pandemia, os filmes foram lançados na Amazon].

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.