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06 agosto 2022

[RASCUNHO] Sandman (1ª temporada)

 Sandman, enfim, após décadas, virou série. Ainda bem que não foi filme. Tava curioso como iriam adaptar uma obra dessas, ainda mais que possui um formato complicado pra audiovisual. E deu certo. Segue meu comentário sobre a primeira temporada:


Assim como Morfeu ficou aprisionado por muito tempo até se libertar, o sonho de uma adaptação de Sandman ficou no limbo até conseguir seu despertar. A primeira temporada de Sandman, numa parceria Warner e Netflix, com supervisão do próprio Neil Gaiman, adapta os dois primeiros arcos dos quadrinhos.

A história é boa, os personagens são interessantes, é tudo tão bem encaixado, com arcos quase redondos e interligados que o roteiro merece seu mérito ao trabalhar com tanto de forma organizada. Há naturalidade até quando adaptam histórias fechadas, ocorridas em meio aos arcos das HQs. Em suma, tá bem fiel ao matéria base, salvo algumas mudanças esperadas e uma "atualização" em certos elementos, ocorridos seja por questão de direitos autorais, seja por querer se adequar ao mundo atual. Talvez haja mais liberdade criativa na segunda metade da temporada que na primeira.

O primeiro episódio é o mais morno dos dez. Assim como na HQ, temos um começo bruto, onde pouco somos apresentados e o universo ainda não tá desenvolvido. A trama de partida é justamente com a captura de Morfeu, sem mais nem menos. É o ponta-pé pra tudo. Após sua libertação é que as coisas começam a andar, e durante esse período é quando vamos aprendendo mais sobre quem é o protagonista e de leve como tudo funciona. Há um desenvolvimento contínuo com apresentações contínuas daqueles que compõem as narrativas, visto a vastidão de personagens e lugares. Toda a temporada é sobre mudanças no Sonhar e no próprio Mestre dos Sonhos.

Curioso pensar que Sandman em sua raíz já era um quadrinho bastante representativo e diversificado pra época, coisa que alguns parecem esquecer, como se lessem de olhos fechados (visto as discussões internet afora antes do lançamento da série); e hoje, vivendo talvez na era onde esses temas estão mais em alta que nunca, a série decide expandir mais ainda o conceito, pra alegria e tristeza de muitos. Muita gente vai acusar a Netflix de "forçar lacração" (o que acusariam de qualquer forma mesmo se não houvessem mudanças), por mais que o Gaiman esteja monitorando e aprovando tudo. Não vou discordar, há uma necessidade de se mostrar mais minorias mesmo, mas não quero concordar com o tom preconceituoso do qual usam o termo, até pq já disse que Sandman sempre abraçou a todos. Não é como se fosse um parâmetro de qualidade. É óbvio e com certeza que isso não "estraga" a série.

Com uma trama fluída, um universo interessantíssimo, histórias de sonhos e realidade, personagens envolventes e muito potencial pra muito mais, essa primeira temporada de Sandman agrada demais. Já quero a segunda. Quero ver mais Perpétuos, mais tramas humanas, mais das entidades divinas e mitológicas, mais sonhos.

[Nessa primeira temporada, destaco a cena entre Morfeu e Lúcifer no Inferno. Sensacional demais os diálogos.]

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.