Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

01 dezembro 2014

[KOKYO] Tsunami - A Fúria do Oceano



Tsunami - A Fúria do Oceano

[...]Todos nós gostamos de filmes-catástrofes, de ver aquela destruição e tal. Porém Tidal Wave (no Brasil traduzido como “Tsunami – A Fúria do Oceano”) é muito mais do que você pensa.

Lançado em 2009, Tidal Wave é uma produção sul-coreana, com duração de 106 minutos aproximadamente. O filme foi anunciado como o primeiro filme disastre sul-coreano. É dirigido por Yoon Je-kyoon e possui no elenco nomes como Sol Kyung-gu, Ha Ji-won, Lee Min-ki, Kang Ye-won, Park Joong-hoon, Uhm Jung-hwa e Kim In-kwon. Vale lembrar que o filme foi levemente ligado a tsunami que ocorreu na Índia em 2004.

O filme nos conta a história de várias pessoas, cada uma vivendo suas vidas, mas durante o desenrolar da história, vemos ligações entre elas. A história se passa em Haeundae, localizada no sudeste da península coreana, onde cerca de um milhão de turistas vão às praias todos os anos. 5 anos depois da tsunami de 2004, surge um novo alerta, dessa vez de um mega tsunami que pode ultrapassar 50 metros de altura e devastar toda a região.

Com essa espetacular premissa, o filme acabou ganhando fama e ficou dividido entre o público. Uns gostaram, outros odiaram. O grande motivo disso foi a classificação indefinida do gênero. Prometendo ser um filme-catástrofe (ou filme desastre), acabou que teve mais comédia e drama que a destruição em si. Posso dizer que Tidal Wave me conquistou e arrisco a falar que é meu filme-catástrofe preferido em termos gerais.

Não há exatamente um personagem principal, todos têm seus papeis fundamentais para a história, seja grande ou pequeno. Claro que alguns se destacam mais, porém esse é um daqueles filmes que não sabemos ao certo o que vai acontecer na cena seguinte, já que tudo parece fluir sem pressão, dividindo momentos alegres, tristes, românticos, engraçados, tensos e reflexivos.

No filme temos histórias diversas. Man-sik não consegue viver direito pensando que a culpa do pai de Yeon-hee ter morrido foi dele. Dong-Choon, vizinho de Man-sik, se envolve em caso de polícia. A mãe dele vive preocupada com a situação. Kim Hwi, geólogo, tenta reconciliar com sua ex-mulher Yoo-jin, que tem uma filha que não sabe que ele é seu verdadeiro pai. Hee-mi, estudante, cai no mar e é salvo por Hyeong-sik, irmão mais novo de Man-sik, onde acaba fazendo trapalhada. Há algumas outras coisas, mas tudo forma uma excelente história, cheio de reviravoltas. Enquanto todo mundo tem seus problemas, Hwi é quem percebe que há algo errado na água. É aí que, aos poucos, a história vai ficando cada vez mais séria e o humor vai sumindo.

Se você espera ver grandes cenas de destruição, aviso que nesse caso é especial, pois apesar de demorar muito pra tragédia acontecer e mesmo não durando tanto como esperado, cada momento é valioso. É como se algo nos prendesse até o fim pra saber quem morre e quem vive. E, como todos esses filmes do gênero, há sempre algum exagero ou alguma “mentira” em alguma cena, mas nada que atrapalhe.

A tsunami só “ataca” lá ‘pras’ últimas meia-hora de filme. A partir daí, dê descanso ao humor e trapalhadas românticas e dê passagem para toda a dramatização, desespero e choro. Mas como fazer algo que chame a atenção enquanto isso? O que mostrar em mais de uma hora de filme? Em vez de ficar toda hora mostrando estudos de como evitar ou enrolações chatas, comum em muitos filmes americanos do gênero, o filme mostram as histórias das pessoas e como vão se conectando umas as outras, como já disse anteriormente. Até tem essas cenas de estudo e etc, mas não é do mesmo jeito. A diferença é perceptível de primeira.

As atuações são muito boas, e cada ator/atriz faz seu papel muito bem. A trilha sonora é muito bem utilizada nos momentos certos e aumenta aquela emoção que os filmes nos proporcionam. Os efeitos especiais, feito com ajuda de empresa americana, é muito bem realizada, chegando a ter um tom realista em muitas partes. Apesar de alguns furos de roteiro quase imperceptíveis, o filme irá conseguir agradar muita gente, trazendo um filme-catástrofe alternativo. Recomendado. É um filme com uma boa lição de vida, mostrando que independente dos problemas que temos (familiares ou não), sempre vai haver algo que tentará fazer com que esses problemas sejam resolvidos. Termino essa crítica com uma frase bastante popular: “dizem que só damos valor a algo ou alguém quando o(a) perdemos, trazendo um grande arrependimento”. Fica a observação.

Nota: 8/10

~Crítica originalmente publicada no portal Kokyo em 2 de setembro de 2012~ [primeira crítica]

Nenhum comentário:

Sobre Mim

Minha foto
Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.