Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

01 dezembro 2014

[KOKYO] Gantz - Perfect Answer



Gantz - Perfect Answer

Atenção: Tudo o que você precisava saber sobre Gantz já foi dito na análise do primeiro filme, então, caso não tenha lido, leia antes de ler esse. Melhor, leia e veja o filme antes de ler e ver esse, já que há fortes spoilers do final do primeiro (é uma continuação direta, tanto que o primeiro termina com um claro “continua” na tela). Explicado isso, vamos prosseguir.

De início, o filme recapitula todos os acontecimentos do primeiro filme e ainda repete a cena que ocorre durante os créditos. Depois de relembrado, é hora do filme começar, 5 meses após o final do primeiro. Somos apresentados a Ayukawa Eriko (interpretada por Ayumi Ito), que recebe uma pequena esfera negra semelhante ao Gantz. A esfera a manda matar certas pessoas, em busca de quatro chaves. Enquanto isso, o policial/detetive apresentado na cena durante os créditos do primeiro filme, começa a investigar misteriosos acontecimentos e descobre que há algo maior por trás de tudo. E enquanto isso também se desenrola, Kurono Kei, os sobreviventes e mais alguns personagens novos continuam sua missão de conseguir 100 pontos. Kurono tem o objetivo de trazer todos os que morreram de volta a vida, e os outros meio que acabam ‘concordando’ com ele. Durante o filme acompanhamos a garota matando quem Gantz manda, o detetive querendo saber o que é Gantz e se existe mesmo uma tal sala com uma esfera negra e Kurono e sua equipe matando aliens e... Não, não é bem assim. E aí entra o ponto da história: Gantz está com problemas. Logo na primeira missão, os personagens são mandados para dentro de um trem, e Gantz está tendo dificuldade de manter eles invisíveis. O que se segue é um massacre, com muita ação e violência.

O segundo filme, que tem o objetivo de responder a todas as perguntas, acaba não respondendo quase nada, mas acrescenta conteúdo para por um fim aquilo tudo, e como conseguem, dá para deixar passar, mesmo que a resposta não seja satisfatória. Como disse na análise do primeiro filme, é aquilo e pronto, as coisas 'acontecem e acontecem'. Obviamente ele explica quem é a garota que tem uma miniatura do Gantz, quem são os personagens misteriosos, quem são os aliens e também quem é o tal Kato que voltou a vida, já que Gantz afirma que ele está morto. Enquanto o primeiro filme possui menos de duras horas, o segundo chega a quase duas horas e meia.

O filme é como uma longa cena de ação, dividida em momentos. Após a desastrosa missão, com Gantz apresentando falhas, ele simplesmente dá pane e manda uma última missão, que se segue até o fim do filme. A vítima dessa vez é alguém ‘importante’, o que leva a divisão da equipe e resulta numa perseguição mortal, onde, enquanto uns não querem de jeito nenhum matar essa pessoa, outras não tão nem aí. A recompensa de Gantz são todos os pontos dele.

Mesmo com uma duração maior, Gantz 2 não apresenta com satisfação os novos personagens, independente deles serem importantes ou não. A misteriosa garota e o passado dos misteriosos personagens são apenas citados, mas tudo é aceitado de forma tão natural que soa forçado (sinta-se a vontade para dizer o que eu disse anteriormente: "é aquilo e pronto, 'aconteceu, aconteceu'"). Além, o detetive que está investigando o caso, mesmo com seus momentos, não é relevante para a trama. Por ser um bom personagem, acaba ganhando certa relevância para quem assiste, mas para a história em si, foi só um personagem de uma subtrama para mostrar outras coisas além das cenas de ação e do cotidiano de Kurono Kei, Tae Kojima e o irmão de Kato, que tem uma participação maior que no primeiro filme.

Nos quesitos de efeitos, atuações e trilha sonora, continuam a mesma coisa que o anterior. A trilha é aceitável e novamente tem momentos com o som natural, os efeitos são agradáveis e as atuações tem umas boas e outras ruins ou medianas, não há muita diferença nem há evolução ou involução. O que vale citar em relação aos efeitos é: Todo um cuidado foi tomado para que nada parecesse tosco. Não que o primeiro não teve cenas que poderiam ter ficado 'zoadas', pelo contrário, teve mais que o segundo, porém o segundo teve toda uma cena que não ficaria muito bom com atores reais, que envolve correr em alta velocidade e dar pulos imensos. Mas conseguiram fazer algo na média.

Por mais que as cenas de ação sejam tão boas quanto as do primeiro filme, algumas cenas que duram mais que o necessário e a duração do filme como um todo pode se tornar um tanto cansativo. Não a ponto de querer pular a cena, mas com aquela sensação de que poderia ter sido menor. E sem dúvida a cena que mais sofre com isso é a posterior a última missão, a cena decisiva, que se divide entre momentos conturbados e monótonos.

Gantz – Perfect Answer não dá a resposta perfeita e nem supera seu antecessor, mas ainda assim é tão bom quanto. O filme foi bastante arriscado, já que deixaram a história do mangá de lado, buscando apenas alguns personagens e elementos, para dar um fim a tudo. E conseguiram. Gostaria que houvesse um terceiro filme, e não falo do paralelo e não muito bem recebido Another Gantz, mas de uma continuação mesmo. Mas se tivesse, o estilo seria completamente diferente, talvez não rendesse e poderia desagradar dependendo de como seguissem com a história. De qualquer forma, esse segundo filme encerrou o que começou muito antes do primeiro filme. Destaque para a cena do trem.

Nota: 9/10

~Crítica originalmente publicada no portal Kokyo em 8 de setembro de 2014~

[KOKYO] Gantz (live-action)



Gantz (live-action)

Sucesso absoluto, Gantz é um mangá de Hiroya Oku que conta a história de pessoas que supostamente morrem e enfrentam aliens a pedido de uma esfera negra localizada dentro de uma sala, isso é, num modo geral. Uns consideram uma obra vulgar e gratuita, outros consideram uma obra que usa esse conteúdo numa história de qualidade. Adaptado primeiramente para anime, dividido em duas temporadas, mostrou um final a história, já que o mangá ainda estava sendo publicado. O mesmo acontece com os filmes, mas aqui vou falar do primeiro.

Descartando todo o lance de nudez e associados, resumindo os personagens, alterando o conteúdo de alguns elementos, mas mantendo parte da violência e certa fidelidade no essencial, o live-action também dividiu opiniões. Muitos não gostam das adaptações com atores reais baseadas em mangás, porém Gantz foi um dos que mudaram a opinião de algumas dessas pessoas. Não li os mangás e não entrarei muito em quesito de comparação com o anime para não haver polêmica, então só citarei uma vez ou outra. Explicado e deixado isso de lado, vamos ao filme.

O filme já começa na cena onde ocorre o acidente dos personagens principais. Kurono Kei (interpretado por Kazunari Ninomiya), está na estação de trem quando um bêbado cai nos trilhos. Masaro Kato (interpretado por Kenichi Matsuyama), um amigo que ele não via a tempo, decide ajudar. Kato, junto com as pessoas no local, salvam o bêbado, porém Kato ainda está nos trilhos e o trem está vindo. É nesse momento que Kei, que havia ficado na sua, tenta ajudar, mas acaba sendo puxado para os trilhos e o trem os atinge. Os dois vão parar numa estranha sala com uma misteriosa esfera negra e algumas outras pessoas. Outra personagem que vai parar lá é Kei Mishimoto (interpretada por Natsuna Watanabe), que se suicidou cortando os pulsos e faz laços inicialmente com Kato. A esfera negra começa a tocar uma música estranha e diz que as vidas daquelas pessoas se foram e Gantz, a esfera, usaria como bem entendesse, então dá a missão de matarem um alien. Inicialmente, ninguém consegue acreditar no que está acontecendo, acham que é uma brincadeira, então é nesse momento que as coisas começam a ficar sérias.112648_s5

Outros personagens vão sendo apresentados durante o filme, como a garota apaixonada por Kurono e outros ‘participantes’ de Gantz, inclusive um que parece, digamos, "saber demais". No filme, a quantidade de personagens foi reduzida em relação ao mangá ou anime, dando tempo de apresentar os principais e de sabermos como são parte dos secundários.

A história é essa: Pessoas que supostamente morrem vão parar numa sala e são mandadas para as ruas para enfrentarem aliens. Ninguém pode vê-los, mas os estragos causados acontecem de verdade. O tempo é de 20 minutos para cada missão e, ao término delas, o ganhador recebe pontos, que explicarei daqui a pouco. Durante o filme, eles tentam viver suas vidas e buscam sobreviver ao Gantz. Não precisa de muita explicação, é aquilo e pronto. Aconteceu, aconteceu. E nisso o filme acerta, já que estamos vendo a história pelo ponto de vista de Kurono Kei, e ele mal sabe o que aconteceu com ele, imagina saber o que é o Gantz. Ou seja, vamos descobrindo com os personagens.

Para matar os aliens, os personagens contam com um uniforme, que dá força e amortece impactos, e uma arma avançada, que explode tudo o que for acertado por sua ‘frequência’. Também há outras, mas isso fica mais para frente do filme. As armas e o uniforme ficam dentro de uma maleta, que sai de dentro de Gantz, que, por sua vez, se abre antes das missões e revela um homem adormecido dentro da esfera, mas ninguém sabe ao certo o que esse homem está fazendo lá, a teoria é de que ele a mantém viva. Gantz, além de passar informações e dar armas, também oferece duas opções quando o ‘participante’ chega a 100 pontos: Sair daquele lugar e ter sua memória apagada ou reviver alguém que já morreu.

Sobre as cenas, são bem feitas. Há um bom equilíbrio tanto nas cenas de ação quanto nas do cotidiano. Não há muito o que se aprofundar, é basicamente isso, um padrão durante todo o filme, evoluindo conforme a história prossegue. Sua duração, mesmo com quase duas horas, dá a impressão de passar depressa. As cenas de ação são completas, só terminam quando o alien é morto, o que resulta em poucas cenas de ação porém longas. Acredite: Quando terminar, você irá querer mais.

No quesito de efeitos, é agradável, cgi bem feito. Já as atuações, cada um tem sua avaliação, o cinema japonês é bastante criticado por más atuações, e Gantz não foge disso. A maioria das reclamações vem com Kazunari Ninomiya, que faz Kurono Kei. Alguns alegam que ele não consegue transmitir emoção. Eu discordo, embora em alguns, e apenas alguns, momentos ache bem regular mesmo. Continuando, no quesito de trilha sonora, não vou comentar muito, mas ‘dá pro gasto’. É legal citar que tem momentos do filmes silenciosos, apenas com o som ambiente.

Do início ao fim, Gantz mantém um bom clima, alternando entre ação, romance e drama, e com certeza agradará tanto aos fãs de mente mais aberta quanto os não-fãs. É um filme violento, claro, mas acima de tudo com uma interessante história e acontecimentos inesperados, além da grande questão: “O que é o Gantz?”. Destaque para a cena das estátuas vivas.

Nota: 9/10

~Crítica originalmente publicada no portal Kokyo em 28 de agosto de 2014~

[KOKYO] A Man Who Was Superman



A Man Who Was Superman

Existem muitos filmes baseado em histórias reais, disso ninguém duvida. Dentre vários filmes, alguns conseguem chamar a atenção, seja pela história, seja pela capa, seja pelo trailer, seja pelo elenco. Dessa vez trago a vocês um filme com uma bela e emocionante história, de um homem que era o Superman.

Lançado em 2008, com direção de Jeong Yoon-chul e roteiro de Kim Ba-da, Joon Jin-ho e Jeong Yoon-chul, A Man Who Was Superman, filme sul-coreano, também chamado de If I Were Superman ou A Man Once a Superman por alguns, apesar de ser baseado numa história real, é quase impossível não lembrar da história de Dom Quixote, famoso personagem da literatura espanhola. E, claro, da história do Superman, um dos heróis mais famosos dos quadrinhos americanos.

Na trama, Song Soo-jung é uma produtora que trabalha numa pequena empresa fazendo filmagens de histórias humanas. Num dia qualquer, ela sai para fazer uma matéria sobre um leão, porém no meio do caminho é surpreendida por um assaltante e ela decide ir atrás dele, porém quase é atropelada, mas acaba sendo salva por um homem. Esse homem é o Superman, defensor da humanidade, salvador do mundo. A partir daí ela vê nele uma ótima matéria e começa a relatar seus dias.

Com um jeito inocente de ver o mundo, “Superman” diz que não consegue usar seus poderes sobre humanos porque “caras maus” puseram kriptonita em seu cérebro. Didivido entre momentos de humor e drama vemos ambos os lados da vida: enquanto a produtora o filma e tenta entende-lo melhor, ele simplesmente tenta ser feliz e fazer o bem. Um fato curioso é que o filme tenta captar o que ele vê, ou seja, já sabemos que o tal Superman não é normal, ele tem um problema mental, e ele acaba vendo coisas que não existem, ou melhor, vê tudo de um ângulo diferente. Podemos chamar de esquizofrenia.

Durante o filme há algumas descobertas importantes, como um que ocorre depois de certo tempo de filme, onde a mulher descobre que ele tem uma bala presa na cabeça devido a um acontecimento passado. Em geral é um filme recomendado para quem gosta de filmes do gênero, numa comédia dramática que segue o estilo “se divirta o quanto puder no início para se emocionar no final”.

O desfecho posso dizer que é uma das coisas mais corajosas que um ser humano pode fazer, levando em conta o estado da situação e o que acontece ao redor. São as simples coisas feitas de coração que ficará marcado na história, e esse “Superman coreano” merece ser lembrado pelo que fez. Apesar de nos divertirmos com as cenas humoradas dele, sabemos que no fundo há algo muito triste. Deixo uma pergunta no ar: “de que adiante viver se você não puder ser o que quer ser?”.

Nota: 9/10

~Crítica publicada originalmente no portal Kokyo em 7 de setembro de 2012~

[KOKYO] Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar



Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar

Ponyo é um divertido filme infantil escrito pelo famoso Hayao Miyazaki, o mesmo que dirigiu A Viagem de Chihiro, O Castelo Animado, etc. O filme foi distribuído pelo Studio Ghibli, um dos mais famosos do Japão, em 2008, mas só chegou ao Brasil em 2010 (pelo menos chegou). O filme começou a ser produzido em 2006 e teve uma leve influência do clássico “A Pequena Sereia”, além de uma antiga lenda japonesa.

Indicado a vários prêmios e vencedor de alguns, o filme acabou sendo bastante elogiado pelas críticas, geralmente com notas beirando 8 e 9 (numa escala de 0 a 10). Foi considerado como um filme belo, inocente, infantil, encantador, maravilhoso, entre outros. O trabalho foi tão grande para fazer um filme de qualidade que Miyazaki deu o melhor de si, se focou completamente na obra. No final foram usadas cerca de 170000 imagens para a animação, tudo para que a animação ficasse o mais detalhado possível.

A história é sobre um garotinho de cinco anos chamado Sosuke que encontra Ponyo, uma ‘peixinha-dourada’, que havia fugido de seu lar. Ponyo deseja se tornar humana, ficando com Sosuke e se tornando grandes amigos. Mas nem tudo é como se quer, mesmo para pequenas crianças. Um tempo depois o pai de Ponyo decide buscá-la e levá-la a qualquer custo para casa, mas ela só quer ficar com seu grande amigo. E assim a história vai se passando, sem muitas surpresas mas mesmo assim com muita empolgação, dividindo climas divertidos e tranquilos com climas mais sérios.

É meio difícil dizer exatamente o que se ocorre nesse filme sem dar spoilers, já que tudo é transmitido de um jeito cativante, um jeito emocionante, um jeito tão inocente, que a história em si é praticamente a amizade dos dois sobrevivendo as surpresas da vida. Pura fantasia, boa aventura, bela animação, são algumas sinceras qualidades que posso fazer.

Ponyo (no original “Gake no Eu no”, é um filme infantil que serve para todas as idades, seja criança, seja adolescente, seja jovem, seja adulto, seja idoso. Seu jeito simples chamou a atenção e essa obra merece ser conferida por todos. A amizade entre os dois é algo difícil de se ver hoje em dia, algo que deveria existir mais. Aproveitando a data de hoje, é um ótimo filme para esse dia das crianças.

Nota: 9/10

~Crítica originalmente publicada em 12 de outubro de 2012 no portal Kokyo~

[KOKYO] Tsunami - A Fúria do Oceano



Tsunami - A Fúria do Oceano

[...]Todos nós gostamos de filmes-catástrofes, de ver aquela destruição e tal. Porém Tidal Wave (no Brasil traduzido como “Tsunami – A Fúria do Oceano”) é muito mais do que você pensa.

Lançado em 2009, Tidal Wave é uma produção sul-coreana, com duração de 106 minutos aproximadamente. O filme foi anunciado como o primeiro filme disastre sul-coreano. É dirigido por Yoon Je-kyoon e possui no elenco nomes como Sol Kyung-gu, Ha Ji-won, Lee Min-ki, Kang Ye-won, Park Joong-hoon, Uhm Jung-hwa e Kim In-kwon. Vale lembrar que o filme foi levemente ligado a tsunami que ocorreu na Índia em 2004.

O filme nos conta a história de várias pessoas, cada uma vivendo suas vidas, mas durante o desenrolar da história, vemos ligações entre elas. A história se passa em Haeundae, localizada no sudeste da península coreana, onde cerca de um milhão de turistas vão às praias todos os anos. 5 anos depois da tsunami de 2004, surge um novo alerta, dessa vez de um mega tsunami que pode ultrapassar 50 metros de altura e devastar toda a região.

Com essa espetacular premissa, o filme acabou ganhando fama e ficou dividido entre o público. Uns gostaram, outros odiaram. O grande motivo disso foi a classificação indefinida do gênero. Prometendo ser um filme-catástrofe (ou filme desastre), acabou que teve mais comédia e drama que a destruição em si. Posso dizer que Tidal Wave me conquistou e arrisco a falar que é meu filme-catástrofe preferido em termos gerais.

Não há exatamente um personagem principal, todos têm seus papeis fundamentais para a história, seja grande ou pequeno. Claro que alguns se destacam mais, porém esse é um daqueles filmes que não sabemos ao certo o que vai acontecer na cena seguinte, já que tudo parece fluir sem pressão, dividindo momentos alegres, tristes, românticos, engraçados, tensos e reflexivos.

No filme temos histórias diversas. Man-sik não consegue viver direito pensando que a culpa do pai de Yeon-hee ter morrido foi dele. Dong-Choon, vizinho de Man-sik, se envolve em caso de polícia. A mãe dele vive preocupada com a situação. Kim Hwi, geólogo, tenta reconciliar com sua ex-mulher Yoo-jin, que tem uma filha que não sabe que ele é seu verdadeiro pai. Hee-mi, estudante, cai no mar e é salvo por Hyeong-sik, irmão mais novo de Man-sik, onde acaba fazendo trapalhada. Há algumas outras coisas, mas tudo forma uma excelente história, cheio de reviravoltas. Enquanto todo mundo tem seus problemas, Hwi é quem percebe que há algo errado na água. É aí que, aos poucos, a história vai ficando cada vez mais séria e o humor vai sumindo.

Se você espera ver grandes cenas de destruição, aviso que nesse caso é especial, pois apesar de demorar muito pra tragédia acontecer e mesmo não durando tanto como esperado, cada momento é valioso. É como se algo nos prendesse até o fim pra saber quem morre e quem vive. E, como todos esses filmes do gênero, há sempre algum exagero ou alguma “mentira” em alguma cena, mas nada que atrapalhe.

A tsunami só “ataca” lá ‘pras’ últimas meia-hora de filme. A partir daí, dê descanso ao humor e trapalhadas românticas e dê passagem para toda a dramatização, desespero e choro. Mas como fazer algo que chame a atenção enquanto isso? O que mostrar em mais de uma hora de filme? Em vez de ficar toda hora mostrando estudos de como evitar ou enrolações chatas, comum em muitos filmes americanos do gênero, o filme mostram as histórias das pessoas e como vão se conectando umas as outras, como já disse anteriormente. Até tem essas cenas de estudo e etc, mas não é do mesmo jeito. A diferença é perceptível de primeira.

As atuações são muito boas, e cada ator/atriz faz seu papel muito bem. A trilha sonora é muito bem utilizada nos momentos certos e aumenta aquela emoção que os filmes nos proporcionam. Os efeitos especiais, feito com ajuda de empresa americana, é muito bem realizada, chegando a ter um tom realista em muitas partes. Apesar de alguns furos de roteiro quase imperceptíveis, o filme irá conseguir agradar muita gente, trazendo um filme-catástrofe alternativo. Recomendado. É um filme com uma boa lição de vida, mostrando que independente dos problemas que temos (familiares ou não), sempre vai haver algo que tentará fazer com que esses problemas sejam resolvidos. Termino essa crítica com uma frase bastante popular: “dizem que só damos valor a algo ou alguém quando o(a) perdemos, trazendo um grande arrependimento”. Fica a observação.

Nota: 8/10

~Crítica originalmente publicada no portal Kokyo em 2 de setembro de 2012~ [primeira crítica]

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Ninguém importante. Formado em jornalismo. Ex-colunista de cinema, quadrinhos e k-pop por aí.