Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

14 maio 2017

[RASCUNHO] As the Gods Will

~Publicado originalmente em redes sociais.

Tinha que ser japonês pra ser tão louco assim. Que filme bizarro! Divisor de opiniões, para assistir isso deve ter em mente que: É um filme louco, insano, e não uma historinha qualquer. Logo de começo já vemos alunos tendo as cabeças explodidas por um ser, e da cabeça voam bolinhas de gude vermelhas. Depois vemos os sobreviventes daquela escola se unindo. Eles estão presos, não conseguem sair. O jeito é jogar os jogos da morte, pois logo depois eles são levados a uma quadra, onde há pessoas fantasiadas de rato... Enquanto isso, mundo afora, coisas começam a acontecer. As cenas que se seguem são tão insanas quanto a primeira.

E ainda botam religiões no meio (só na primeira cena tem o boneco Daruma (zen budismo chinês) explodindo as cabeças e um estudante num flashback reclamando a Deus por sua vida patética e na hora do massacre pedindo ela de volta), além de seres baseados na cultura japonesa. Preparem-se para as referências (esses eu só capitei um, tive que pesquisar os outros depois haha).

O filme tem um estilo surreal, com um visual atrativo e muita violência, com momentos toscos propositalmente que beiram a transformação do ridículo presenciado em estado de choque em meio ao desespero da luta pela sobrevivência. Chega a ser assustador.

Tudo o que detalhei me resumi ao início do filme. Não dá pra dizer mais que isso sem dar spoiler, mas a premissa foi explicada. O que não curti muito foi o final aberto. Tem "sentido", as pessoas é que não estão acostumadas a obras do tipo. Pesquisei sobre o filme e descobri que é baseado numa série de mangá e que a segunda série está sendo escrita, então provavelmente teremos mais filmes futuramente.

[RASCUNHO] Smosh - O Filme

~Publicado originalmente em redes sociais.

Quem diria que o Smosh ganharia um filme? E pela Netflix! Caso você não seja fã dos youtubers que fazem vídeos de humor, há chance de achar esse filme estranho e sem graça. Caso você seja fã, também há chance de achar esse filme estranho e sem graça. Curto o trabalho dos caras, mas senti que o filme é diferente do que eles costumam fazer. Talvez seja o costume por vídeos curtos (e por eu gostar mais das paródias que fazem), e quando criaram toda uma história diferente pra um longa, o estranhamento já bateu. Sem contar que esperava eles sendo eles como nos vídeos, daí vinham as paródias se conectando. Bem... mesmo sendo diferente, o filme é quase isso pra falar a verdade (???). Interpretei o universo criado no filme como uma versão deles no futuro, o Anthony mais sério e com emprego e o Ian o cara que cresceu mas não deixou de ser criança.

O humor é idiota, algo bem bobo, o que acaba divertindo, em parte (e os vídeos deles não são assim? haha). A história, ou pelo menos seu desenvolvimento, é nada demais, mas a premissa é bastante interessante. Rola altas referências durante o longa, principalmente a Pokémon, e quem sabe da história do Smosh, entenderá porque eles cantam o tema de Pokémon, digo, o tema de Monstros Escravos de Bolso. Referência ao YouTube troll, quem sacou? hehe Não sei se to viajando, mas se não tiver, tem a ver com o caso do Pokémon.

Um problema do filme é não explorar o potencial de sua premissa. Os dois amigos entram em contato com o YouTube para deletar um vídeo vergonhoso gravado na época da formatura. Para isso, o Sr YouTube pede para eles se abaixarem e... Digo, entrar num portal. Eles entram e vão parar dentro do YouTube, onde começam a viajar entre os vídeos, podendo interagir e mudar tudo. Fiquei curioso pra ver o que podiam fazer, mas o filme se resumiu a poucos vídeos e alguns bem genéricos. O foco mesmo era o vídeo da formatura, obviamente, e o da garota da bunda sendo massageada (rs). Outro "problema" é que senti falta de uma reviravolta maior, mas não quero dar spoilers. Ainda assim foi bacana de assistir, deu pra entreter. [Há cena pós-créditos]

Revendo o filme de Doom (A Porta do Inferno)

~Publicado originalmente em redes sociais.

Não me surpreendo com as mudanças de gosto que tive ao longo dos anos. Meio que era "contra" os críticos e ao mesmo tempo [quase] que "contra" o povão, já que pra mim "o que importa era a pessoa gostar". De poucos anos pra cá, vez ou outra acabei revendo alguns filmes que a um bom tempo cheguei ou a gostar ou a odiar mas a crítica e/ou o público diziam o contrário. Dentre eles, teve Demolidor, que achava bom e, quando revi, percebi como era sofrido, mas também não era tão ruim assim. Outro foi Inteligência Artificial, que odiava e, quando revi, achei espetacular. Por acaso o filme dessa vez foi Doom - A Porta do Inferno.

Não lembrava de quase nada do filme, mas na época tinha achado tudo muito incrível. Revendo, percebi os graves problemas. O filme não chega a ser ruim, mas tem uns defeitos sérios. Ok, no jogo tem demônios e tal, já no filme a princípio são aliens mas tem uns meio zumbis e o caramba. Pra ver essa adaptação não se pode esperar uma reprodução do jogo, e sim inspiração. Nunca fui fã do jogo mesmo... então tanto faz.

Começando pelo começo: Doom não tem nada de interessante pra apresentar nem pra mostrar antes disso, já que tudo ainda é um mistério. Resultado: 20 minutos indo pra lá e pra cá até finalmente chegar no local onde quase o filme todo se passa. Mas espere, pra adentrarem mais a fundo o local, leva mais uns 10 minutos. Pronto, cerca de meia hora gasta como os filmes costumam gastar pra desenvolvimento, hora do show.

Falar das partes boas? Hum... tem ação, tem... uma cena em primeira pessoa que nem no jogo... e só. Pera, tem The Rock. Agora bora falar do que todo mundo gosta: As partes ruins. Começando pela iluminação. Tudo bem que se passa num ambiente escuro e tal, mas caramba, nem os filmes do Batman são tão escuros assim. Resultado? Você torce pra ver o personagem nos esgotos, mas o que vê é no máximo os tiros. Outro ponto é a localização. Fiquei um tanto confuso. O local que entrou em quarentena ficava ligado aquele local cheio de gente que tava de boa? Não seria melhor evacuar aquilo tudo? Nisso tem uma cena do primeiro soldado ferido, que é levado pra enfermaria, passando no meio desse povo enquanto os soldados gritam pra evacuar. Mas antes daquilo não tinham achado o médico e levaram pra enfermaria? Não passaram por aquele local? E as pessoas ficaram de boa mesmo? Um médico soa um alerta de quarentena, os soldados o acham, ele é levado pra enfermaria, que fica do outro lado de tudo, e é como se nada tivesse acontecido? Espero ter entendido errado, vai ver tem uma passagem, sei lá, mas se tivesse podiam levar o soldado por lá também. Enfim. Poderia citar alguns diálogos terríveis, erros de continuidade, mas dá pra deixar passar. Por fim, digo que o final é uma bosta.

Depois de tantos problemas, porque digo que o filme não é ruim? Bem, apesar de tudo o que citei, vale mencionar que o filme tem personagens variados que ajudam a diversificar em vez de ser aquela coisa de soldados sérios, todos iguais e pronto. As cenas de ação ou são boas ou conseguem empolgar. O suspense é mais furado que uma cópia mal feita de Alien (porque foi isso que me lembrou) mas justamente pelo clima consegue ser algo que você vê, sabe que é ruim, mas não consegue odiar. Por último, cito a linda da médica que... digo, volto a citar a cena em primeira pessoa, que é sensacional.

[RASCUNHO] Quarteto Fantástico (2015)

~Publicado originalmente em redes sociais.

Não é essa porcaria toda que tão dizendo. Pode não ser um filme grandioso, pode não ser um filme que dê vontade de rever, mas passa longe de ser ruim como dizem. Dividirei em 3 partes: Origem, treinamento dos poderes e batalha final.

Origem: Na melhor parte do filme vemos a infância de Reed e Ben e depois os estudos e criação da máquina de viagem dimensional no edifício Baxter, já com a Sue e o Johnny. Não lembra um filme de super-herói, mas não impede de ser bom. A cena da exploração na outra dimensão consegue causar tensão.

Treinamento dos poderes: Ok, e agora, pra onde o filme vai? Depois de um salto temporal, o filme acaba entrando no desinteresse. Sem mostrar nada demais, vemos minutos e minutos dos ainda não heróis sendo testados. Apenas isso. Não seria algo ruim se fossem mais além. A cena da chegada de Destino é boa, mas o ainda não Quarteto parece morto, ficam andando largados pelos corredores tentando descobrir o que aconteceu. Caramba! Tá todo mundo correndo desesperado! Por que tão com essas caras sonolentas?

Batalha final: Sabem, curti como mostraram a origem dos poderes, mas tava na hora do filme encerrar... é aqui que tudo muda. Parece que não tinham mais tempo e decidiram criar uma cena de ação. Pronto. Não é uma cena ruim, mas soou tão simples... Esperava algo maior.

Por fim, devo citar os efeitos especiais ultrapassados. Dá pra perceber quando tão usando animação. Nem pra deixar real. Vindo de uma grande empresa, é complicado. O Coisa tá feio, o Destino tá feio... e fiquei lembrando dessa coisa do cabelo da Sue mudar em algumas cenas.

Comparando com os filmes da franquia anterior, é inferior ao primeiro mas superior ao segundo. Já o elenco, o antigo é imbatível.

13 maio 2017

[RASCUNHO] The Village (dorama)

~Publicado originalmente em redes sociais.

Quando terminei o último episódio do dorama, meu sentimento foi um misto de (in)satisfação, mas boa parte (quase por completo), tem um resultado positivo. Com ares parte de novelão mexicano, parte de série policial, o dorama a princípio parece tratar sobre uma mulher que vai pra uma vila procurar sua suposta irmã "falecida" e descobre um corpo enterrado. Na verdade vai muito além. É um drama sobre famílias. O corpo é só um fio condutor pra toda a história se desenvolver, já que tudo gira ao redor do mistério de quem é o corpo (e posteriormente de quem é o assassino), mas vida que se segue.

A trama familiar é uma verdadeira floresta genealógica perdida em meio ao labirinto do minotauro dividido pela cronologia da franquia cinematográfica dos X-Men, porque, caramba... É cada reviravolta, cada revelação, cada julgamento, cada preconceito, cada hipótese, cada prova... E tudo pode acontecer, qualquer um pode ser o culpado, pode ser outra coisa, sei lá. Pode ser tudo. Pode ser nada. A história avança e mesmo quando parece retroceder, avança mais ainda. Claro que tudo a favor da trama. Nada deve ser ignorado, e isso é deixado muito claro conforme as histórias dos personagens prosseguem e começam a se cruzar.

O primeiro episódio é o mais "fraco", depois melhora. A princípio me senti enganado ao ver a mania que os coreanos tem de colocar estrangeiros em algumas cenas. Pensei que teria certo envolvimento, mas não. Passou aquilo, nem voltam no assunto. Reclamo disso apenas porque já vi dramas que desenvolvem relações internacionais e utilizam muito bem tais cenas para uma trama melhor e mais explorada. Mas enfim.

Notei a ausência de músicas cantadas. É uma ost instrumental, no máximo com músicas dentro do contexto da trama sendo tocadas em ambientes ou cantaroladas por algum personagem. O dorama também foge de alguns clichês, trazendo uma carga romântica baixa e de forma diferente do habitual, até mesmo quando se trata de 'triângulo amoroso', se é que dá pra ser considerado isso.

Por parte dos atores, não há muito do que reclamar. A maioria possui uma atuação competente e combinam com seus personagens. Por parte de desenvolvimento, está ótimo. Cada personagem cumpre seu papel na história, não há tramas aleatórias, assim como qualquer bom dorama que se preze também não há. Tudo está conectado, por mais que não pareça rs

Mas é nesse ponto que está o problema do dorama. Ok, tudo o que é mostrado é por algum motivo. Nada é aleatório. Ótimo. Só que há personagens que a princípio não são tão importantes para a trama e, por mais que alguns possam influenciar o rumo das coisas tanto quanto ou até mais que alguns dos principais, não se tornam destaques. O destino deles pode ou não se desenvolvido, independente de sua importância. Tudo bem que o dorama tem bastante sub-tramas, é um monte de personagens, várias famílias, mas no último episódio deixou visível demais que poderiam 'arredondar' a história, mas não fizeram. O resultado é uma obra competente, que encerra seu arco principal, mas que deixa uma história incompleta desnecessariamente. Felizmente não desmerece a obra como um todo.

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Ninguém importante. Formado em jornalismo. Ex-colunista de cinema, quadrinhos e k-pop por aí.