Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

16 junho 2014

[RASCUNHO] Ra.One


Comecei vendo com a expectativa de que seria bonzinho, mas me surpreendi... por um tempo. Ra.One conta a história de uma família onde o pai trabalha criando jogos e o filho é fã de vilões e odeia heróis. O filho dá ideia pro pai de criar um vilão e o pai, pra agradar, cria o vilão invencível, mais forte que o herói. O jogo conta com movimento: O jogador veste um equipamento e controla o personagem virtual. O vilão tem inteligência artificial, escolhendo suas falas e movimentos. Obviamente algo de ruim acontece: O vilão começa a controlar as máquinas e sai do jogo. Daí acontece o momento marcante do filme, que muda tudo.

A primeira hora do filme é boa, melhor que o resto do filme na verdade. Começa leve, mas vai melhorando e ficando interessante. As coisas soam com naturalidade na maior parte do tempo, não há pressa de mostrar logo os momentos climax de cada parte. Tem uns alívios cômicos que não ajudam mas tb não atrapalham.

O problema é que depois do filme se "montar", quando a história tá toda preparada pra desenvolver as consequências, a qualidade cai. O primeiro encontro do vilão e do herói no mundo real é cansativo e possui um humor infantil que não tem graça. Rola até crossover com um personagem de algum outro filme, mas soa bem sem sentido, estragando um pouco da história, por mais que a ideia tenha sido boa, acho, para os indianos.

De qualquer forma, o filme se recupera mas aumenta o humor e diminui o drama. O que antes era equilibrado, com seus momentos sérios e relaxados, vira algo mais divertido e humorado, sobrando pra última hora do filme tentar recuperar a essência inicial, e até consegue, em parte. Tem umas coisas desnecessárias, como o final, mas, em resumo, é decente. Só acho que o filme não aproveitou todo o potencial que tinha, não se aprofunda no conteúdo oferecido. Tentou equilibrar o drama e o humor mas nem todas as vezes deu certo.

Nota 7

14 junho 2014

[RASCUNHO] Krrish 3

Não sabia muito o que esperar do filme, já que o anterior meio que fechou um arco, mesmo deixando espaço pra mais história. Novamente, há referências a Superman, mesmo que não diretamente, mas isso não desfaz o mérito do filme.

Tem uma boa história e é mais dinâmico que o anterior, além de seguir um estilo padrão do início ao fim. E dessa vez parece mesmo um filme de super-herói.

Agora finalmente Krrish tá famoso e começa a juntar amigos pela Índia, os cidadãos. Quem faz o bem ganha uma pulseira com o símbolo dele. Só que surge alguém muito mais forte que ele.

Buscando uma brecha na história, o filme não volta atrás do que deixou passar no anterior e cria uma nova com ligações passadas. De início parece que irá cair na maldição dos terceiros filmes, mas não, ele consegue até superar o anterior.

Apesar de umas forçações e erros mais fortes que o anterior, são poucas, e ainda assim a qualidade do filme aumenta, e os efeitos especiais estão melhores. Krrish está mais forte, mas os vilões estão ainda mais, e tb mais espertos. Aqui temos mutantes, o que foi algo inesperado pra mim.

Vale dizer que o filme pega mais pesado na história. O anterior se segurava, tentava mostrar algo mais heroico e romântico. Esse novo até tem isso, mas por exemplo: se o personagem tem que morrer, ele vai morrer. Logo nos primeiros minutos Krrish tá vivendo sua ascensão como herói ao mesmo tempo que as maiores dificuldades aparecem. Tem uma cena que várias pessoas estão morrendo e ele decide salvar uma garota que veio pedir ajuda dentre várias pessoas. A garota morre em seus braços.

Como o filme ainda fica naquela de tentar encerrar os momentos bem, por mais mal que ocorra, acontece algumas coisas meio duvidosas, mas dá pra deixar passar comparado a todo o filme e seus propósitos futuros.

E poxa, o visual do herói é maneiro, mas pq o vilão principal parece um cospobre do Robocop com Magneto? Podiam ter melhorado. Até tem sentido o uniforme, o legal é isso, o filme busca um sentido pra tudo, mas ainda assim ficou tosco demais. Mas enfim.

Que venha Krrish 4!

Nota 8/10

13 junho 2014

[RASCUNHO] Krrish



Filme de ficção indiano com tema de super-herói. Criativo e diferente do que estamos acostumados a ver. Tem uma história boa e mesmo com quase 3 horas de duração, consegue manter uma boa narrativa.

A primeira hora é a mais diferente do filme, se passa no campo, onde o homem com poderes vive com sua avó afastado da cidade. É onde uma mulher encontra ele e ele logo se apaixona após salvar a vida dela. Depois vamos pra cidade e daí começa de verdade o filme, depois de cenas românticas e indagações sobre o motivo da avó não querer o neto na cidade. A mulher começa a fazer de tudo pra que o cara mostre seus poderes, tudo pra não perder o emprego. Durante isso, o homem faz amizade com um cara que trabalha no circo e faz apresentações na rua pra arrecadar dinheiro pra irmã que precisa operar as pernas. Cena linda. Daí o filme começa a se desenrolar mesmo, as coisas vão ficando cada vez mais interessantes.

Apesar de metade do filme montar apenas a relação dos personagens, faz isso muito bem, conseguem fazer as coisas soarem naturais na maior parte do tempo e dão tempo suficiente pra se acostumar com os personagens, como num seriado. Depois começa a mostrar o motivo do cara virar super-herói, como surgiu seu uniforme e sua máscara, de onde vem seus poderes, quem é o vilão da história (afinal, tem que ter um), qual é o mistério por trás de tudo, etc, tudo bem explicado, a segunda metade do filme é bem mais movimentada.

Percebi pela internet que algumas pessoas reclamaram dos efeitos. Digo que tá muito melhor que vários filmes americanos de baixo orçamento. Pode não ser perfeito, mas é bom. E não tem com o que se preocupar, o cara é como um super-humano, então tem sentidos aguçados, nada de voar, atirar coisas, etc, no máximo pulo alto, super-velocidade (que mal usa), essas coisas.

No filme é revelado que o pai do herói tem envolvimento com a história, rola até uns flashbacks quando é revelado a origem dos poderes do personagem principal. Daí fui pesquisar na internet e descobri que esse é o segundo filme da série Krrish. Na verdade o primeiro serve como um prelúdio (tanto que o segundo é apenas "Krrish"). O prelúdio conta o que foi mostrado no flashback.

Foram 3 horas gratificantes e logo verei a continuação, Krrish 3 (por mim podia ser '2' mesmo, considerava o anterior, 'Koi... Mil Gaya', como um prelúdio e depois seguia uma ordem numérica sem pular, mas enfim). Um quarto filme já foi confirmado devido ao sucesso. Quanto ao primeiro filme, tb verei, mas não por enquanto.

E por favor, é um filme de bollywood. Tem seus problemas, o filme muda demais a cada hora que passa, mas ele ainda é ele mesmo, é como se acompanhássemos um amadurecimento do personagem. De um carinha do campo a um super-herói em busca de vingança pelo seu pai.

Lembrei muito de Superman não só por causa dos poderes sobre-humanos, mas tb sobre os ideais de fazer as coisas sem querer reconhecimento, fazer o bem pq é o certo a se fazer, e, claro, esconder a identidade.

Só que enquanto em Superman temos uma família que o protege e uma mulher que o ama, em Krrish temos uma avó que o quer apenas com ela e ninguém mais e uma mulher que inicialmente finge estar apaixonada só pra dar um golpe nele e não perder o emprego.

Nota 8/10

15 maio 2014

[KOKYO] Minúsculos - O Filme (Minuscule - Valley of the Lost Ants)



Marcando o retorno do Críticas, trago para vocês uma crítica experimental com base de comentário. Espero que gostem.

Criatividade. Essa é a palavra pra resumir 'Minúsculo - Vale das Formigas Perdidas', filme da série francesa Minúsculos, de 2006. Para os fãs da série, é satisfatório e dá pra matar a saudade depois de termos acompanhado algumas temporadas. Pra quem não conhece, é uma nova experiência.

Alguns personagens estão de volta e há o acréscimo de outros inéditos, mas todos ficam em segundo plano. Os principais são as formigas e a joaninha.

Há referências a série em alguns momentos, mas aqui o filme tenta buscar algo novo, algo diferente, se expandindo e arriscando nas inovações. Enquanto a série mostrava a vida dos animais na floresta e na casa de campo além das reações perante objetos, o filme meio que já deixa tudo isso montado, mas sem perder a essência.

Aqui temos uma história fixa, é basicamente isso: Uma joaninha, impossibilitada de voar após se afastar dos pais e ser atacada por moscas, salva a vida de formigas. Essas formigas, pretas, decidem levar a joaninha para o formigueiro. No meio do caminho, as formigas vermelhas aparecem querendo o alimento que as formigas pretas estão levando. A partir daí começa a batalha, que se prolonga até o fim do filme. As formigas pretas e a joaninha vão levando seu alimento pro formigueiro enquanto as formigas vermelhas tentam a qualquer custo alcançá-las, mas sempre acontece um desastre. Como os trailers mostram, isso tudo culmina numa verdadeira batalha mais pro final do filme.

Apesar, nada estraga o momento. Na verdade a batalha em si é um plano de fundo. O foco mesmo é na joaninha que não consegue voar. Durante o trajeto ao formigueiro, vão acontecendo diversas coisas que dificultam a chegada. E na batalha há surpresas também. É incrível a criatividade que usaram pra montar tudo.

Como alguns devem saber, as filmagens das paisagens são reais, e aqui temos belas imagens da natureza. O que é animação são os animais (no caso os insetos, que são praticamente todos) e os objetos. Em geral, a animação é bem trabalhada. Peca apenas em momentos rápidos na cena da correnteza e da cachoeira, mas dá pra deixar passar.

Embora tenha alguns alívios cômicos, em geral é algo "sério", afinal, é uma história de drama e de guerra, por assim dizer. Esses alívios não atrapalham o filme, até divertem em sua maioria. Devemos lembrar que é algo infantil, então esses alívios se encaixam muito bem, mas os assuntos são levados a sério, sem deixar se tornar ridículo.

No fim, talvez 'Valley of the Lost Ants' sirva tanto pra quem já viu o seriado quanto pra quem não viu. E quem viu, perceberá as referências e até conseguirá encaixar a história na série. Falando em referências, percebi algumas a 300, ou foi só percepção, como na cena em que as formigas vermelhas estão na ponta de um penhasco e quando elas arremessam com um estilingue milhares de palitos de dente pra cima das formigas pretas. Aproveitando, destaque pra cena da chuva, no início do filme. É tudo tão escuro, mas ao mesmo tempo tão surpreendente, é como se estivéssemos lá.

Vale das Formigas Perdidas se torna uma obra que vale a pena ser conferida ao tratar de seres minúsculos, como o nome sugere, com paisagens naturais e uma história boa que encantará pessoas de qualquer idade. O filme não possui falas e os humanos são praticamente inexistentes, restando, em sua maior parte, a floresta, os insetos e os divertidos efeitos sonoros dignos de um bom desenho animado. Agora é só esperar pra saber se retornarão com o seriado, se farão um segundo filme ou se pararão por aqui.

Obs.: Nos créditos vem escrito: "Em homenagem a Jean 'Moebius' Giraud", famoso escritor e ilustrador francês que infelizmente faleceu em 2012. Dentre seus trabalhos no cinema, ele ajudou na parte de design, arte e concepção de filmes como Death Note, O Quinto Elemento, Space Jam, Tron e até mesmo o clássico Alien. Nas hqs ele chegou a desenhar um arco do Surfista Prateado, da Marvel.

Nota 10/10

~Crítica publicada posteriormente no Kokyo em 5 de julho de 2014~

[ATUALIZADO] O filme chegou ao Brasil em 22 de janeiro de 2015, depois de adiamentos, com o nome de "Minúsculos - O Filme".

04 maio 2014

Profundo e Impactante (texto)

História escrita por Lucas Cardozo. Há dois pontos importantes nela que serão revelados futuramente na história. Não recomendado para pessoas frágeis ou mentes normais.

"Profundo e Impactante

Vou contar uma história profunda que mexeu com o meu sincero e pulsante coração. Leia a seguir.

Em meu leito de morte, descrevo meu fim. As últimas horas de alguém, de um qualquer, que não sabe nem o que aconteceu. Os últimos suspiros de um ser humano.
A brisa suave passava por mim como se eu fosse uma estátua em meio ao imenso e vasto campo. A paisagem verde reluzia com a luz do sol. O céu estava claro, com um azul tão lindo que dava gosto de ficar olhando as nuvens passarem. Comecei a caminhar apreciando tudo.
Foi então que, como num filme de terror em que o monstro ataca a presa após um instigante silêncio, fui sugado para debaixo da terra. Um enorme buraco havia se aberto e eu caí nele. Não sei de onde surgiu, não sei como surgiu, não sei quem foi o responsável, se foi alguém ou a própria natureza, não sei de nada, simplesmente não sei, só sei que eu caí.
Tudo estava em câmera lenta. O tempo havia praticamente parado enquanto eu via um círculo azul na minha frente. E cada vez que eu caía, esse círculo diminuía. Mas como tudo tem um fim, eis que cheguei no fundo. Senti algo gélido nas minhas costas. O impacto parecia perfurar meu corpo enquanto eu olhava para o pequeno buraco azul. Sem conseguir me mexer, tentei encostar em meu peito e senti uma espetada. Para meu azar, meu corpo estava mesmo perfurado.
Enquanto eu olhava para o pequenino buraco azul, meus olhos se fechavam. Era um milagre eu ainda estar vivo. Caí nesse poço profundo e os espinhos perfuraram o órgão que pulsava, ou, em outras palavras, mexeram no meu coração. É irônico como tudo isso aconteceu der repente. Mas o fato mais misterioso, e ao mesmo tempo o mais deprimente, ou não, dependendo do gosto de quem estiver lendo, é que tudo isso foi armado. Não falo do fato de eu estar morrendo, e sim da história em si.
Outra coisa misteriosa é o fato de que a cada parágrafo dessa história, uma linha a mais vai sendo acrescentada, já começando pelo título. Ainda no título, é de extrema importância saber que tudo isso foi feito apenas para um grande, idiota, tosco e desnecessário trocadilho usando elementos que combinassem com a palavra 'profundo' e a frase "mexeram com o coração", enganando assim quem ler, através de um aproveitamento de duplo sentido. No fim, o que resta são minhas últimas horas, gastas para escrever um infame trocadilho. Pelo menos rendeu uma boa história, acho."
Quero deixar uma observação nas minhas palavras finais: Eu não morri de verdade hein, é apenas uma história. E sobre o fato de cada parágrafo ter uma linha a mais, foi contada com base no layout do Face e no espaço disponível para escrever aqui. Claro, além de tamanho de letra, fonte, etc, coisas que não precisam ser explicadas até porque dá pra entender muito bem só falando o que já falei. Nem sei ao certo o motivo de continuar escrevendo. Mentira, eu sei. O que me mais fascina é a loucura, o perigo de escrever muito e selecionar e copiar o texto apenas em algumas poucas ocasiões. Obviamente estou escrevendo para continuar a regra que fiz para os parágrafos. Enfim.
Enquanto meus olhos fechavam, o pequeno buraco azul sumia. O sangue saía de meu corpo, completamente em buracos. Eu saiba que iria para um lugar melhor, assim esperava. Sei que havia erros em meus pensamentos, mas isso não importava mais. Eu estava morrendo. Meu corpo já não era mais o mesmo, estava deformado. Quem diria que eu morreria dentro de um buraco com espinhos encravados por meu corpo? Difícil até de imaginar, na minha mente impossível até de acontecer. Mas a vida prega suas peças, ou a morte, que acho que seria mais conveniente nesse caso. Foi quando tudo se tornou escuro. Meus pensamentos sumiram, e tudo o que sobrou foram minhas palavras transcritas. Mas... espera, eu não morri, ou morri? Se morri, quem está escrevendo isso?"

LC

Sobre Mim

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Ninguém importante. Formado em jornalismo. Ex-colunista de cinema, quadrinhos e k-pop por aí.