Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

14 maio 2017

Revendo o filme de Doom (A Porta do Inferno)

~Publicado originalmente em redes sociais.

Não me surpreendo com as mudanças de gosto que tive ao longo dos anos. Meio que era "contra" os críticos e ao mesmo tempo [quase] que "contra" o povão, já que pra mim "o que importa era a pessoa gostar". De poucos anos pra cá, vez ou outra acabei revendo alguns filmes que a um bom tempo cheguei ou a gostar ou a odiar mas a crítica e/ou o público diziam o contrário. Dentre eles, teve Demolidor, que achava bom e, quando revi, percebi como era sofrido, mas também não era tão ruim assim. Outro foi Inteligência Artificial, que odiava e, quando revi, achei espetacular. Por acaso o filme dessa vez foi Doom - A Porta do Inferno.

Não lembrava de quase nada do filme, mas na época tinha achado tudo muito incrível. Revendo, percebi os graves problemas. O filme não chega a ser ruim, mas tem uns defeitos sérios. Ok, no jogo tem demônios e tal, já no filme a princípio são aliens mas tem uns meio zumbis e o caramba. Pra ver essa adaptação não se pode esperar uma reprodução do jogo, e sim inspiração. Nunca fui fã do jogo mesmo... então tanto faz.

Começando pelo começo: Doom não tem nada de interessante pra apresentar nem pra mostrar antes disso, já que tudo ainda é um mistério. Resultado: 20 minutos indo pra lá e pra cá até finalmente chegar no local onde quase o filme todo se passa. Mas espere, pra adentrarem mais a fundo o local, leva mais uns 10 minutos. Pronto, cerca de meia hora gasta como os filmes costumam gastar pra desenvolvimento, hora do show.

Falar das partes boas? Hum... tem ação, tem... uma cena em primeira pessoa que nem no jogo... e só. Pera, tem The Rock. Agora bora falar do que todo mundo gosta: As partes ruins. Começando pela iluminação. Tudo bem que se passa num ambiente escuro e tal, mas caramba, nem os filmes do Batman são tão escuros assim. Resultado? Você torce pra ver o personagem nos esgotos, mas o que vê é no máximo os tiros. Outro ponto é a localização. Fiquei um tanto confuso. O local que entrou em quarentena ficava ligado aquele local cheio de gente que tava de boa? Não seria melhor evacuar aquilo tudo? Nisso tem uma cena do primeiro soldado ferido, que é levado pra enfermaria, passando no meio desse povo enquanto os soldados gritam pra evacuar. Mas antes daquilo não tinham achado o médico e levaram pra enfermaria? Não passaram por aquele local? E as pessoas ficaram de boa mesmo? Um médico soa um alerta de quarentena, os soldados o acham, ele é levado pra enfermaria, que fica do outro lado de tudo, e é como se nada tivesse acontecido? Espero ter entendido errado, vai ver tem uma passagem, sei lá, mas se tivesse podiam levar o soldado por lá também. Enfim. Poderia citar alguns diálogos terríveis, erros de continuidade, mas dá pra deixar passar. Por fim, digo que o final é uma bosta.

Depois de tantos problemas, porque digo que o filme não é ruim? Bem, apesar de tudo o que citei, vale mencionar que o filme tem personagens variados que ajudam a diversificar em vez de ser aquela coisa de soldados sérios, todos iguais e pronto. As cenas de ação ou são boas ou conseguem empolgar. O suspense é mais furado que uma cópia mal feita de Alien (porque foi isso que me lembrou) mas justamente pelo clima consegue ser algo que você vê, sabe que é ruim, mas não consegue odiar. Por último, cito a linda da médica que... digo, volto a citar a cena em primeira pessoa, que é sensacional.

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Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.