Unificação: O Blog do Lucas Cardozo e o Críticas do Lucas Cardozo agora são um só. O blog se tornou um espaço pessoal para rascunhos e afins, além de algumas publicações de alguns sites que já fiz parte.

01 dezembro 2014

[KOKYO] Gantz (live-action)



Gantz (live-action)

Sucesso absoluto, Gantz é um mangá de Hiroya Oku que conta a história de pessoas que supostamente morrem e enfrentam aliens a pedido de uma esfera negra localizada dentro de uma sala, isso é, num modo geral. Uns consideram uma obra vulgar e gratuita, outros consideram uma obra que usa esse conteúdo numa história de qualidade. Adaptado primeiramente para anime, dividido em duas temporadas, mostrou um final a história, já que o mangá ainda estava sendo publicado. O mesmo acontece com os filmes, mas aqui vou falar do primeiro.

Descartando todo o lance de nudez e associados, resumindo os personagens, alterando o conteúdo de alguns elementos, mas mantendo parte da violência e certa fidelidade no essencial, o live-action também dividiu opiniões. Muitos não gostam das adaptações com atores reais baseadas em mangás, porém Gantz foi um dos que mudaram a opinião de algumas dessas pessoas. Não li os mangás e não entrarei muito em quesito de comparação com o anime para não haver polêmica, então só citarei uma vez ou outra. Explicado e deixado isso de lado, vamos ao filme.

O filme já começa na cena onde ocorre o acidente dos personagens principais. Kurono Kei (interpretado por Kazunari Ninomiya), está na estação de trem quando um bêbado cai nos trilhos. Masaro Kato (interpretado por Kenichi Matsuyama), um amigo que ele não via a tempo, decide ajudar. Kato, junto com as pessoas no local, salvam o bêbado, porém Kato ainda está nos trilhos e o trem está vindo. É nesse momento que Kei, que havia ficado na sua, tenta ajudar, mas acaba sendo puxado para os trilhos e o trem os atinge. Os dois vão parar numa estranha sala com uma misteriosa esfera negra e algumas outras pessoas. Outra personagem que vai parar lá é Kei Mishimoto (interpretada por Natsuna Watanabe), que se suicidou cortando os pulsos e faz laços inicialmente com Kato. A esfera negra começa a tocar uma música estranha e diz que as vidas daquelas pessoas se foram e Gantz, a esfera, usaria como bem entendesse, então dá a missão de matarem um alien. Inicialmente, ninguém consegue acreditar no que está acontecendo, acham que é uma brincadeira, então é nesse momento que as coisas começam a ficar sérias.112648_s5

Outros personagens vão sendo apresentados durante o filme, como a garota apaixonada por Kurono e outros ‘participantes’ de Gantz, inclusive um que parece, digamos, "saber demais". No filme, a quantidade de personagens foi reduzida em relação ao mangá ou anime, dando tempo de apresentar os principais e de sabermos como são parte dos secundários.

A história é essa: Pessoas que supostamente morrem vão parar numa sala e são mandadas para as ruas para enfrentarem aliens. Ninguém pode vê-los, mas os estragos causados acontecem de verdade. O tempo é de 20 minutos para cada missão e, ao término delas, o ganhador recebe pontos, que explicarei daqui a pouco. Durante o filme, eles tentam viver suas vidas e buscam sobreviver ao Gantz. Não precisa de muita explicação, é aquilo e pronto. Aconteceu, aconteceu. E nisso o filme acerta, já que estamos vendo a história pelo ponto de vista de Kurono Kei, e ele mal sabe o que aconteceu com ele, imagina saber o que é o Gantz. Ou seja, vamos descobrindo com os personagens.

Para matar os aliens, os personagens contam com um uniforme, que dá força e amortece impactos, e uma arma avançada, que explode tudo o que for acertado por sua ‘frequência’. Também há outras, mas isso fica mais para frente do filme. As armas e o uniforme ficam dentro de uma maleta, que sai de dentro de Gantz, que, por sua vez, se abre antes das missões e revela um homem adormecido dentro da esfera, mas ninguém sabe ao certo o que esse homem está fazendo lá, a teoria é de que ele a mantém viva. Gantz, além de passar informações e dar armas, também oferece duas opções quando o ‘participante’ chega a 100 pontos: Sair daquele lugar e ter sua memória apagada ou reviver alguém que já morreu.

Sobre as cenas, são bem feitas. Há um bom equilíbrio tanto nas cenas de ação quanto nas do cotidiano. Não há muito o que se aprofundar, é basicamente isso, um padrão durante todo o filme, evoluindo conforme a história prossegue. Sua duração, mesmo com quase duas horas, dá a impressão de passar depressa. As cenas de ação são completas, só terminam quando o alien é morto, o que resulta em poucas cenas de ação porém longas. Acredite: Quando terminar, você irá querer mais.

No quesito de efeitos, é agradável, cgi bem feito. Já as atuações, cada um tem sua avaliação, o cinema japonês é bastante criticado por más atuações, e Gantz não foge disso. A maioria das reclamações vem com Kazunari Ninomiya, que faz Kurono Kei. Alguns alegam que ele não consegue transmitir emoção. Eu discordo, embora em alguns, e apenas alguns, momentos ache bem regular mesmo. Continuando, no quesito de trilha sonora, não vou comentar muito, mas ‘dá pro gasto’. É legal citar que tem momentos do filmes silenciosos, apenas com o som ambiente.

Do início ao fim, Gantz mantém um bom clima, alternando entre ação, romance e drama, e com certeza agradará tanto aos fãs de mente mais aberta quanto os não-fãs. É um filme violento, claro, mas acima de tudo com uma interessante história e acontecimentos inesperados, além da grande questão: “O que é o Gantz?”. Destaque para a cena das estátuas vivas.

Nota: 9/10

~Crítica originalmente publicada no portal Kokyo em 28 de agosto de 2014~

Nenhum comentário:

Sobre Mim

Minha foto
Formado em jornalismo e futuro escritor de livros. Colunista de cultura pop. Cinema, quadrinhos, k-pop. O blog surgiu em 2008 com a proposta de reunir o que eu achava de interessante pela internet e evoluiu até se tornar algo mais original. Atualmente serve como um local de divulgação de links de matérias que escrevo para outros sites, rascunhos e alguns textos aleatórios.